Autor do gol decisivo do título do Inter na Libertadores de 2006 sobre o São Paulo, no Beira-Rio, com assistência de Fernandão, Tinga acabou sendo expulso ao levantar a camisa na comemoração e foi para o vestiário mais cedo, vivendo a angústia da espera de cerca de 20 minutos até o fim da partida. Ele relembrou com detalhes todo aquele sofrimento em entrevista nesta semana ao Charla Podcast.
Antes de ser expulso, Tinga fez o 2×1 a favor do Inter, que mais tarde sofreria o empate em 2×2 já com um a menos em campo. Se o São Paulo fizesse mais um gol, o jogo iria para a prorrogação:
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“Eu lembro que foram os 20 minutos mais angustiantes e tensos da minha vida. Eu sozinho naquele vestiário, sem ver o jogo, esperando e rezando para acabar. Eu já sabia como seria a manchete do jornal no outro dia se o São Paulo empata e vira. Que o Tinga já estava com a cabeça em outro lugar, que o Tinga não estava focado. Iriam buscar o vilão. E só fico aliviado quando entra no vestiário um dos nossos funcionários da época gritando ‘é campeão’. Ali saiu um caminhão das costas”, contou Tinga.
O ex-volante, que jogou aquela final já negociado ao Borussia Dortmund, da Alemanha, explicou por que não quis ir para a celebração do Inter em uma churrascaria em Porto Alegre:
“Depois do jogo, o Fernando Carvalho, nosso presidente, me liga: ‘Tinga, cadê tu? Vem comemorar, fez o gol do título’. E eu disse para o presidente que não iria, que estava em casa com a família. Expliquei a ele que, se tudo desse errado, seriam eles a estar comigo. Então, mesmo com o título, era justo eu estar depois do jogo com meus familiares”, finalizou.