Depois de integrar a gestão de Marcelo Medeiros como vice-presidente eleito, João Patrício Herrmann foi anunciado oficialmente nesta terça-feira como novo vice de futebol da gestão do presidente Alessandro Barcellos, que assume o Inter no início de janeiro. Herrmann, que concedeu uma longa coletiva de imprensa, chega junto com o novo executivo de futebol, Paulo Bracks. Veja as principais aspas da entrevista:
Renzo Saravia
“É um atleta importante, de seleção, que quer jogar a Copa América e o Mundial. Acho que o Renzo é uma situação bem encaminhada que, na virada do ano, poderemos oficializar. É troca de papel. O Inter quer dar esse presente ao seu torcedor. É um investimento muito alto”
Postura como vice de futebol:
“Estamos aqui para executar um projeto. Vamos trabalhar muito com as categorias de base e usar ciência de dados. O (dirigente) político ficará distante das questões administrativas e técnicas. Pretendo ser um vice-presidente discreto, que dará poucas entrevistas. O Paulo (Bracks) vem aí muito respaldado, bastante pesquisado no mercado e a ideia é dar espaço para o executivo. Eu serei o elo entre o Conselho de Gestão e o futebol”
Respaldo a Abel Braga:
“Não tem transição de treinadores porque nosso técnico é o Abel Braga. Claro que, durante a campanha (eleitoral), conversamos com alguns treinadores, mas não existe nada assinado ou adiantado. O Abel é nosso treinador e vamos dar respaldo a ele. Não vai mudar nada no nosso vestiário até 24 de fevereiro. A pandemia nos deixou confusos em relação ao calendário, mas é muito importante focar no Brasileiro para buscar uma melhor classificação e dar uma maior tranquilidade financeira à temporada de 2021″
Guiñazu:
“Não tem nada em relação ao Guiñazu. É um grande atleta da história do Inter, mas não sei de onde surgiu isso. Vai estar no guarda-chuva do Paulo (Bracks) o preenchimento desta vaga”
Taison:
“É um atleta importante do mercado mundial, tem contrato até o meio do ano que vem e vai cumprir. Tivemos uma conversa muito agradável com o seu representante, para entender os desejos do atleta e para que ele conhecesse o presidente. Foi uma conversa de início de integração, até porque é um empresário importante do mercado. Mas foi só isso. Nada evoluiu e não tem nada em relação ao Taison”
Paulo Bracks como executivo de futebol:
“Aproveitei os últimos anos para buscar informações sobre outros clubes, visitei CTs, conheci profissionais e entendo que o clube tem profissionais extremamente capacitados que merecem oportunidade. O mundo do futebol está crescendo bastante e o Paulo vem dessa pesquisa nossa, por ser uma pessoa extremamente atualizada, que tem identificação com tudo o que a gente quer. E ele mostrou para nós não só conhecimento técnico como vontade de crescer”
Possíveis rupturas:
“É um ano atípico, por conta da pandemia. Temos um calendário importante até fevereiro e vamos cumprir isso com maestria. Conversei com os atletas e com o Abel, que está inserido no processo. Deixa a nova gestão assumir com tranquilidade, implementar o seu trabalho. Novos vice-presidentes virão e as coisas vão acontecer de uma forma tranquila no clube. A gente sabe que algumas rupturas serão feitas, mas vamos com calma. Não tem nada em relação a mais ninguém”
Objetivos no Brasileirão:
“Temos 11 jogos para buscar a classificação para a Libertadores e, quem sabe, alguma coisinha a mais. Vamos devagar e com muita tranquilidade. O foco agora é no Brasileirão”
Polêmica antiga em entrevista sobre protesto de torcedores:
“Foi uma situação muito chata que aconteceu. Alguns torcedores fizeram protestos, o que é legítimo. Eu, particularmente, não gosto de perder nem campeonato de botão. Foi um episódio bem pontual (chamar os manifestantes de drogados). Jamais vou ofender o torcedor. Me manifestei de uma forma forte. Talvez tenha me excedido no verbo, mas pelo que eu vi depois nas fotos, eu tinha razão”
Categorias de base:
“A base é o nosso Celeiro de Ases. Temos um ativo importante. Teremos um atenção diária. Já temos reuniões de transição com a base. É de lá que virá a nossa redenção”