O goleiro do Grêmio, Caíque, deixou o lado humano falar mais alto nas últimas semanas e saiu de casa para resgatar pessoas e animais, em meio à mais dramática enchente da história de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Suas atitudes solidárias viralizaram nas redes sociais, mas ele, mesmo procurado, não quis dar nenhuma entrevista nestes dias difíceis.
Caíque voltou a falar agora à Grêmio TV e explicou por qual motivo não deu declarações públicas sobre os salvamentos e resgates que fez diariamente ao lado de amigos:
“Crianças chorando pelas janelas de casa, pessoas no telhado, pessoas pedindo socorro. Isso doeu. Eu não quis falar como atleta naquele momento e só quis ajudar da melhor forma como ser humano. Independente de onde eu estiver, eu vou fazer tudo para ajudar. É uma dor de um sonho levado pela água e pela lama. Agora é reconstruir. Essa é a palavra para o Rio Grande do Sul. Fiquei feliz de poder ajudar desta forma. Eu saía de casa às 5 da manhã e chegava meia-noite. Só tomava um banho, comia uma coisa e já voltava para rua. Eu via o sofrimento das pessoas e não podia ficar em casa olhando tudo isso”, disse Caíque.
“E eu vivi esses momentos de ajuda às pessoas que estavam precisando. Um momento muito triste porque a gente não imaginava como estava a situação. Eu via muito em redes sociais e não estava imaginando realmente como estava a situação”, ampliou.
Grêmio em nova fase
Desde sexta-feira, o Grêmio se encontra em São Paulo iniciando uma espécie de nova pré-temporada no CT Dr. Joaquim Grava, do Corinthians. A próxima partida da temporada acontecerá no dia 29, contra o The Strongest, pela fase de grupos da Libertadores, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba-PR.
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