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Schiavi cita o responsável por saída do Grêmio e lembra com carinho da Libertadores de 2007: “Surpresa”

Ex-zagueiro argentino relembrou o período defendendo as cores do Grêmio

Aposta da direção do Grêmio para a disputa da Libertadores de 2007, o zagueiro argentino Rolando Schiavi chegava com a moral de já ter vencido a competição pelo Boca Juniors e de cara tinha a simpatia da torcida para triunfar no antigo Estádio Olímpico. O contrato assinado era de três anos, mas só seis meses foram cumpridos até a saída ao Newell’s, da Argentina, por, segundo ele, uma desavença com o então diretor gremista Paulo Pelaipe.

Em entrevista concedida ao canal do jornalista Filipe Gamba, no YouTube, Schiavi relembrou a sua curta trajetória em Porto Alegre e disse ter se irritado com a postura de Pelaipe, que dizia que ele era um jogador muito caro para ser reserva – durante a Libertadores, Teco virou titular ao lado de William na zaga.

“Fiquei seis meses. Tive problemas com Pelaipe. Quando começamos a jogar, tive um problema com o meu filho, que precisava fazer uma cirurgia nos olhos e no momento tive que voltar à Argentina para acompanhar a operação. Depois, o Mano Menezes me deixou no banco e até aí tudo bem. Mas Pelaipe falava que eu era muito caro para ficar no banco do Grêmio”, declarou Schiavi, antes de complementar:

“Infelizmente, Teco se lesionou na final contra o Boca e eu volto a jogar. Terminei jogando a final e depois joguei no Brasileirão, ganhamos um Gre-Nal. Mas depois disse ao Pelaipe que eu queria ir embora. Não gostei da forma que Pelaipe conduziu. Eu sabia que eu iria jogar, independente da lesão de Teco. Eu estava à altura da necessidade. Me enojei e me fui. Minha relação com Mano era boa, muito sincera e profissional”.

Schiavi ficou surpreso por ausência na final

Justamente por ter jogado no Boca Juniors e por conhecer a temida Bombonera, Schiavi acreditou que seria titular no jogo de ida da final da Libertadores daquele ano, mas se equivocou. O ex-zagueiro entende que a “humildade” fez o Grêmio surpreender naquela campanha até ser vice:

“Eu também fiquei surpreso por não ter jogado. Era a partida. No campo do Boca, que tinha um grande time. Mas, contra o Boca, não competimos nunca. Falei com todos antes que não dava para escutar nada no campo e que se confundia as camisas dos jogadores com a torcida. Mas, depois, não joguei. Não foi o Grêmio de sempre. Creio que sentiu. A campanha foi uma surpresa. A humildade de todo grupo fez o Grêmio chegar à final”, concluiu.

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