É o treinador que precisa se adaptar ao elenco ou os jogadores que devem se moldar às características do técnico? O debate está cada vez mais em evidência no futebol gaúcho por conta da situação de Miguel Ángel Ramírez no Inter, que até agora não transformou o seu modelo ideal em desempenho e resultado, mas não se trata de uma pergunta difícil na visão do experiente Celso Roth.
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Dentro do pensamento do treinador campeão da Conmebol Libertadores pelo colorado em 2010, mas rebaixado pelo mesmo time em 2016, o técnico – especialmente no futebol brasileiro – é que necessita se adaptar ao que tem em mãos:
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“Treinador de clube precisa se adaptar à realidade. Às vezes tu não encontra jogadores para fazer a tua ideia tática. Como a tua prioridade. E o treinador precisa fazer a mudança e se adaptar à realidade do clube. Um clube brasileiro tem um grupo de jogadores que representa a sua realidade financeira, econômica e técnica. E o treinador precisa ter uma carga de conhecimento para transformar o sonho que ele tinha na realidade que o clube apresenta. É a grande questão. Quando tu chega em um clube, tu também tem o passivo técnico”, declarou em entrevista à Rádio Gre-Nal nesta segunda – ouça abaixo:
Com passagens por praticamente todos os grandes clubes nacionais, Roth não trabalha desde o fatídico 2016 do Inter. Mas nega ter encerrado a carreira e diz que até hoje o telefone toca. E lida com bom humor com o tempo fora da bola:
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“Parece que eu vou ter que aprender a falar espanhol. O inglês eu já domino. Vou andar com planilha e notebook embaixo do braço para dizerem que sou moderno. Quem sabe? Quem sabe enxergam isso (risos)”, encerrou.
