Satisfeito com o objetivo cumprido na Copa do Brasil com vitória de 3×1 sobre o Operário neste domingo, no Estádio Centenário, em Caxias do Sul, gerando vaga às oitavas de final, o técnico Renato Portaluppi mostrou otimismo com a recuperação do Grêmio também no Brasileirão e, neste sentido, pediu para a torcida seguir apoiando o time. Em coletiva, exatamente sobre este tema, ele explicou as razões da sua reunião com lideranças da Geral do Grêmio no meio da semana – relembre detalhes aqui.
Classificação na Copa do Brasil e confiança
“O mais importante foi a classificação e isso devolve a confiança para o grupo todo. Poderíamos ter jogado melhor, temos que agradecer o Caxias por ter emprestado o estádio, mas o campo está bem desgastado e isso dificulta o trabalho. Agradecer ao torcedor que veio no frio em um domingo de manhã. Temos que melhorar também no Brasileirão e aos pouquinhos as vitórias vão vir. Hoje tivemos a calma mesmo sofrendo o empate e os gols deram tranquilidade para a equipe”
Declaração sobre “vergonha na cara” e ausência da Arena do Grêmio
“A vergonha na cara é de todos nós. Nós temos quase 10 milhões de torcedores, que sustentam o clube e nos apoiam. Eles podem nos vaiar. Mas a cobrança nossa é em todo mundo. Não podemos estar nesta situação no Brasileirão, apesar de tudo que estamos passando. O único clube que não joga em casa é o Grêmio. A Arena é muito forte pra nós. Passamos 40 dias longe, mas isso ninguém quer saber. Agora, o empenho em campo tem que ser de todo mundo. Não estamos gostando da nossa situação”
Substituições no Grêmio e trocas no time
“As trocas foram pelo desgaste. São muitos jogos. Ou tiro ou o jogador arrebenta. Tem jogo a cada três dias. Lá atrás, eu perdi o Diego Costa. Eu sabia que ele sofreria com o desgaste. O mesmo com o Cristaldo. Ele sentiu uma lesão mínima, mas sentiu, justamente por causa do desgaste. Eu tenho essas informações. Não serei burro de tirar um jogador que está jogando bem e correndo. As decisões que eu tomo são sempre em prol do grupo”
Número de lesões no Grêmio
“Os jogadores são humanos. Ficaram viajando para cima e para baixo durante 40 dias. A preparação física do Grêmio é bem feita. A maioria dos jogadores corre de 10 a 11 quilômetros. Se tu jogar a tua pelada a cada três dias com dores musculares, tu vai ver o que acontecer contigo também. Eu estou sem atacante de área. Os três que eu tenho estão machucados. As lesões acontecem pelo desgaste. Só não tivemos mais lesões porque hoje preservei jogadores. Reinaldo no limite, Gustavo Nunes também, João Pedro idem. Ou tiro ou eles machucam”
Reunião de Renato com a Geral do Grêmio
“Eu sou um cara do diálogo, que sempre vou proteger meu grupo. Eu conversei com os chefes da nossa torcida. Mas não foi pela situação só do Grêmio. Eu sempre conversei com eles, só que vocês não tinham as fotos. Todos os anos eu me encontro com eles, mesmo sendo campeões. Eu pedi para eles continuarem nos apoiando, como foi hoje. Mesmo nos bons momentos, eu recebia eles. Eu sou contra protesto, porque tira ainda mais a confiança do grupo. Mas eles têm todo direito. Eles me falaram que sempre apoiaram e vão continuar apoiando. Nos momentos bons, eu sempre atendi eles também”
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