
Feliz com o trabalho realizado no Grêmio em 2023 e ainda sonhando com o título do Brasileirão, o técnico Renato Portaluppi, que acaba de completar um ano inteiro desde a volta ao clube, concedeu longa entrevista à Rádio Gaúcha, da qual retiramos alguns trechos abaixo. Em especial, a maneira como o treinador diz gostar de lidar com jovens da base:
Sonho de Renato no Brasileirão
“Quero muito um Campeonato Brasileiro. Lógico que todo e qualquer título que vier, nós vamos brigar. E formar mais jogadores da base, que é muito importante para o clube. Gosto de trabalhar com os garotos. Muitas vezes, dou uma segurada porque o garoto ainda não está pronto. Eu fui garoto, cheguei aqui nas categorias de base e sei o quanto é importante escutar um cara mais experiente”
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Aproveitamento com jovens
“Dou conselhos. Procuro sempre mostrar o melhor caminho. Adoro formar, deixar um legado. No início do ano, chegou um cara na apresentação, que eu mandei vir da base, estava com o cabelo amarelo. Nada contra, mas um garoto de 17, 18 anos não pode já estar pintando o cabelo. Comigo, não. Muitas vezes, hoje em dia, o problema do garoto é o celular, é o shopping, as mulheres, que eu não tenho nada contra, desde que aqui dentro do clube eles andem na linha. Quando vem da base com manias, aí não. Já aviso lá embaixo, cortem as unhas, cortem as asas, porque aqui no profissional a coisa é bem diferente”
Maior mérito no Grêmio
“Como gremista, já estava sofrendo muito vendo o Grêmio na Série B. No ano passado, quando cheguei, fiquei preocupado. Até falei: “Desse jeito, nós não vamos subir”. O maior desafio foi vencer um título nacional e tirar o clube da fila após 15 anos. Pensei: “Não é possível, o Grêmio está na fila há 15 anos e o nosso maior rival tirando onda”. Mas teve um outro desafio também muito grande. Quando cheguei aqui em 2010 e peguei o clube em 19º no Brasileirão. Tivemos a melhor campanha do segundo turno e chegamos na Libertadores. Muitas vezes o treinador atrapalha, mas muitas vezes ajuda. Nesse caso, ajudou”