Quais eram as “laranjas podres” em 2021? Ex-dirigente relembra convivência de vestiário no Grêmio

Ex-vice-presidente de futebol Denis Abrahão falou recentemente sobre a sua passagem pelo Grêmio

No seu reencontro em live com o jornalista Farid Germano Filho, o ex-vice de futebol do Grêmio, Denis Abrahão, foi perguntado pelo comunicador se em 2021, ano do terceiro rebaixamento da história do clube, havia “laranja podre” no vestiário. No jargão do futebol, este termo se refere a jogadores que atrapalham o ambiente do elenco e que desagregam o trabalho.

Abrahão disse que não havia “laranja podre”, mas deu a entender a existência de “diferenças” e de pessoas que “não se davam”, como “em todas as empresas”:

“Laranja podre não tinha, não tem. Existem diferenças, como em todos os ambientes estruturados e organizados de empresas. Existem pessoas que não se dão. Não é diferente no Grêmio. Hoje em dia a competividade é muito forte no campo. Há jogadores da base que muitas vezes não são aceitos em sua plenitude. Mas laranja podre eu diria que não tivemos, até porque o Grêmio é composto de grandes profissionais”, disse, antes de elogiar alguns jogadores especificamente:

“Tive total apoio do Geromel, do Kannemann, do Diego Souza. Diego jogava machucado, tinha hérnia, não reclamava de nada, estava sempre disposto. Uma grande figura humana e um jogador excepcional. Inúmeros erros eu cometi, mas neste aspecto do Diego Souza eu acertei, porque comprovei que ele era a salvação”.

Mais falas do ex-dirigente do Grêmio nesta entrevista

A live frustrada com Farid e a bronca da esposa

Graças a Deus que ela não tem mais esse número. Eu nunca tive qualquer briga com a minha esposa. Aquele dia foi feio para o meu lado, mas ela tinha razão. Vamos para frente, não tem essa de inimizade. As pessoas têm que entender o seguinte, que cada um exerce o seu papel. O jornalista Farid Germano Filho eu, Denis Abrahão, respeito

Benítez e Suárez

Eu continuo achando o Benítez um grande jogador de futebol. Talvez craque tenha sido excesso. Aliás, craque, craque, não tem no futebol brasileiro. Talvez tenha: o Suárez. Esse é diferenciado, é craque. Além dele, não vejo. No Benítez, eu fui demasiado. Mas é muito bom e os números provam isso. Foi muito bem no Vasco, está indo bem no América-MG. Eu entendia que ele poderia ser o jogador para alimentar os atacantes do Grêmio

Sofrimento de Romildo Bolzan e Felipão

Presidente Bolzan chorou muito. Eu chorei demais. É muito difícil. Era triste, eu tinha vergonha do torcedor ver o Grêmio naquela situação. Tivemos partidas horrorosas sob meu comando. Eu, Abrahão, não me arrependo de nada, errei muito, mas gostaria de ter trabalhado com o Felipão

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