Presidente do Grêmio nega “precipitação” com Renato, opina sobre Guerrero e rebate Thiago Neves: “Achar culpados?”

Confira mais detalhes da entrevista do presidente gremista Romildo Bolzan Jr à Rádio Bandeirantes

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Cerca de 40 dias depois de ter assinado mais um ano de contrato com o Grêmio, Renato Portaluppi encerrou em comum acordo com a direção a sua passagem pelo clube, em uma “equação” que fez a reportagem da Rádio Bandeirantes perguntar ao presidente Romildo Bolzan Jr, nesta segunda-feira, se a diretoria havia se “precipitado” ao fazer a renovação.

Algo, claro, negado pelo presidente, que citou o contexto da época e os diferentes caminhos que o clube percorreria a partir do resultado da final da Copa do Brasil vencida pelo Palmeiras.

“Estás enganado. O Renato não tinha multa de rescisão contratual. O vínculo e o aviso prévio acertamos na saída dele. Tínhamos uma final de Copa do Brasil e se fôssemos para a Libertadores tínhamos uma sinalização, se fôssemos pra pré-Libertadores teríamos outra. No momento que a pré-Libertadores não deu, houve as modificações necessárias dentro de um contexto normal. Foi feito dentro de um consenso. Revisamos. Não há conjuntura de precipitação. É preciso contextualizar o que tínhamos para aquele momento, em especial a decisão da Copa do Brasil e o caso de sucesso ou insucesso”, explicou.

Sem Renato, o Grêmio passou a ser dirigido interinamente por Thiago Gomes até a chegada de Tiago Nunes, oficializado até 2022, que já venceu três jogos e vai para o quarto na quinta-feira, 19h15, diante do Aragua, em casa, pela Sul-Americana.

Opinião sobre contratos de jogadores, rescisões e caso Guerrero

Bolzan, até por respeito e entendimento da rivalidade, não quis opinar sobre a polêmica envolvendo o centroavante Paolo Guerrero e o seu pedido de rescisão contratual com o Inter:

“É uma situação que se apresentou neste final de semana. É um problema do Internacional e eles que precisam resolver”, despistou.

Aos 37 anos, Guerrero pode estar de saída do Inter – Foto: Ricardo Duarte/Inter

Mas deixou claro que é favorável à mudança geral na forma como os contratos com jogadores no futebol brasileiro são feitos. Bolzan gostaria de equiparar os contratos ao padrão de CLT:

“Eu acho particularmente que a legislação contratual precisa ser revista, mas não do ponto de vista específico e de casos concretos. Em cima de uma questão conceitual do futebol brasileiro, eu acho que deveríamos equiparar o jogador ao padrão de CLT. O jogador tem contrato com prazo determinado e se por acaso uma das partes quiser rescindir que se faça como qualquer trabalhador brasileiro: paga-se pela metade o saldo que tiver do contrato. Acho uma questão conceitual, e não de uma injustiça aqui ou ali. Seria interessante provocar um debate nacional sobre esse tema”, sugeriu.

Thiago Neves volta à pauta

Em entrevista ainda recente ao comentarista Alê Oliveira, o meia Thiago Neves – de somente 14 jogos e um único gol pelo Grêmio em 2020 – responsabilizou o ex-vice de futebol Paulo Luz por sua rescisão com o clube e colocou que o dirigente vinha “enchendo o saco” para a sua saída.

O tema foi colocado pela reportagem da Bandeirantes ao presidente gremista, que entendeu que o assunto já não deveria mais estar sendo comentado:

“Vamos combinar uma coisa: depois de tanto tempo voltar esse tema (Thiago Neves)? O Grêmio é o Grêmio. Um jogador que passa no Grêmio e não corresponde, que siga a sua vida, a sua carreira. Tudo isso faz parte do futebol. Não deu certo lá, vai dar certo em outro. Foi um grande jogador. Agora, achar culpados? Isso é um absurdo. O Grêmio é o Grêmio acima de qualquer situação”, encerrou o mandatário.

Confira A ENTREVISTA DE BOLZAN NA ÍNTEGRA A PARTIR DE 39:00: