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Por respeito aos colegas, Tinga lembra que recusou faixa de capitão na volta ao Inter e vê Taison como “espelho” para a torcida

Ex-volante do Inter relembrou um episódio em sua volta ao Beira-Rio na temporada de 2010

Ao voltar ao Inter no meio de 2010, já com a Libertadores em curso, Paulo César Tinga foi procurado pelo técnico Celso Roth para ser o novo capitão do time. A faixa, à época, era carregada por Guiñazu e passou para Bolívar, e o ex-volante explicou, em texto publicado no UOL Esporte, o porquê de ter rejeitado a faixa naquele momento.

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“Na minha segunda passagem pelo Internacional, quando cheguei com a temporada já em andamento e a Copa Libertadores pela metade, o técnico Celso Roth me chamou para conversar antes de um amistoso com o Peñarol, durante o recesso para a Copa do Mundo da África do Sul, e falou que eu seria o capitão. À época, a braçadeira era do Guiñazu. Agradeci ao Celso, mas disse que não poderia assumir o posto naquele momento, mas que não iria mudar em nada a minha relação e a forma de tratar os demais jogadores. A faixa de capitão nunca me impediu de fazer algo ou me deixou empolgado para tomar atitudes que não condiziam comigo”, escreveu Tinga, antes de acrescentar:

“O Celso Roth até brincou ao me perguntar se eu achava que não iríamos ser campeões da Libertadores, pois eu que seria o encarregado de levantar a taça em caso de título, o que se concretizou meses depois. Respondi que acreditava e muito, e por isso não achava justo com os demais atletas que já estavam no elenco há um tempo, que participaram de todo o processo de classificação para chegar ao torneio. Trabalhei com líderes natos que não faziam questão de ostentar uma braçadeira, que é apenas um adereço”.

Tinga também opinou de forma positiva a respeito das voltas de Douglas Costa e Taison à dupla Gre-Nal:

“Por terem atuado por uma década na Europa, eles trazem conteúdo para as equipes, viraram o símbolo destes times, tanto dentro como fora dos gramados. Eles irão ‘vestir as camisas’ de Grêmio e Internacional nas 24 horas do dia. Quantos atletas destes patamares regressam, se tornam a personificação do clube. O torcedor enxerga estes ídolos como espelho dos seus times a todo momento, independente de onde estejam. Tenho know how para falar desta rivalidade, pois atuei duas vezes em cada um destes times do Rio Grande do Sul”, relembrou o antigo atleta.

Juntos, Tinga e Taison se sagraram campeões da Libertadores de 2010. Em agosto daquele mesmo ano, o atacante foi vendido pelo Inter ao Metalist, da Ucrânia. O volante permaneceu no clube até 2012, quando rumou ao Cruzeiro.

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