O problema é a torcida? 5 fatos que mostram que os colorados brilharam em 2019

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Os acontecimentos recentes no Beira-Rio estão indicando uma espécie de “ruptura” entre grupo de jogadores e direção com parte da torcida do Inter, especialmente as organizadas. A insatisfação se deu por conta dos recentes protestos de sábado, no treinamento, que gerou a punição de 90 dias à Guarda Popular, e no jogo de domingo, quando os torcedores ficaram em silêncio no 1° tempo do 2×1 sobre o Fluminense.

Duas entrevistas posteriores aos fatos ilustraram a insatisfação do Inter com a sua torcida. Com a palavra, o presidente Marcelo Medeiros e o meia Andrés D’Alessandro:

“O Beira-Rio é um território hostil para os adversários e não para nossos atletas. Infelizmente fomos criticados mesmo vencendo. Faixas contra o clube foram feitas e pintadas dentro do Gigantinho. Ou seja, o clube dá o espaço e eles usam para criticar o próprio clube. Isso vai ter que mudar. Eu reconheço que caímos de desempenho desde a final da Copa do Brasil. Mas não falta trabalho. É inadmissível chamar o grupo de mercenário. Falta desempenho, mas não falta trabalho”, disse Medeiros.

D’Ale foi na seguinte linha: “Torcer na boa é fácil. Torcer na ruim, aí que eu quero ver. Eu vou defender meu grupo até a morte. Nunca vou concordar com a torcida quando não temos o apoio. Nós precisamos deles. Não vou concordar quando fazem uma convocação pra insultar o grupo. Não sou mais importante que o clube, mas preciso defender o meu grupo. A gente aceita críticas e cobranças, pois faz parte do nosso trabalho. Empenho, vontade e dedicação não faltam”.

Mas eles têm razão?

Depois de “pegar no colo” o time durante a trágica campanha de 2016, que culminou no rebaixamento inédito, a torcida não abandonou nem na segunda divisão de 2017, fez bonito em 2018 e mais ainda em 2019, como provamos em cinco itens abaixo:

Quatro recordes de público quebrados em 2019: jogando sempre junto ao time, a torcida colorada quebrou quatro vezes o recorde do novo Beira-Rio na temporada, nos jogos contra Athletico, pela Copa do Brasil (50.355 torcedores), Flamengo, pela Libertadores (49.614), Nacional, pela Libertadores (48.530) e River Plate, pela Libertadores (47.012).

Ruas de Fogo impressiona o mundo: o espetáculo com fogos e sinalizadores denominado “Ruas de Fogo”, feito especialmente na semifinal da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, repercutiu positivamente na imprensa do mundo inteiro, que se impressionou com a festa. O próprio volante colorado Nonato admitiu ter ficado emocionado com a recepção:

Apoio em treino em dia de semana: na véspera da partida decisiva contra o Flamengo pelas quartas da Libertadores, colorados deram um jeito de estarem no Beira-Rio mesmo em uma terça de tarde. Mais de 10 mil colorados foram apoiar o time, como os jogadores tanto pedem.

Aeroporto virou o Beira-Rio: se precisava de um último incentivo para fazer um grande jogo na Arena da Baixada, coisa que não fez, o Inter ganhou todo o apoio de cerca de três mil colorados no embarque ao Paraná, para a ida da final da Copa do Brasil diante do Athletico. Com “Ruas de Fogo” e muito apoio, torcedores deram o último abraço no grupo. Foram retribuídos?

50 mil em uma final: no mais esperado jogo do Inter nos últimos anos, colorados travaram uma enorme disputa para garantir ingresso, driblaram cambistas, viajaram de longe, mas… viram o Athletico fazer 2×1 dentro do Beira-Rio para ficar com a taça da Copa do Brasil. O público foi o recorde desde a reforma do estádio: 50.355 torcedores.