
Apesar da sugestão ousada dada no fim do último Brasileirão, quando pensou em escalar apenas garotos no Gauchão, o técnico Renato Portaluppi mandou praticamente a sua força máxima no Grêmio na estreia contra o Caxias. E, após a derrota de 2×1 de virada no Centenário na estreia, o treinador explicou por que o time deste sábado não teve mais garotos:
“Quem manda é a direção do clube. Tem muitos jogadores da base que estão treinando com a gente, mas eu não vou queimar nenhum jovem de largada. Serão aproveitados ao longo da temporada. Até porque muitos deles estavam jogando a Copa São Paulo e provavelmente vão treinar com a gente em breve”, disse, antes de acrescentar sobre o começo de temporada:
“Não vai ser no primeiro jogo que os jogadores vão dar a resposta. Eu não vou começar a cobrar na primeira partida o que o grupo pode desempenhar. Em 8 ou 10 dias ninguém é mágico para transformar a equipe em competitiva”, citou.
O que Renato disse no fim de 2023?
Depois de uma vitória sobre o Goiás em casa na reta final do Brasileirão, Renato foi perguntado sobre o planejamento de 2024 e disse, na época, o que pensava sobre o Gauchão:
“É botar os garotos para jogar. Quem muito quer, nada tem. E não é só o Grêmio, é o Inter também. Porque os times do interior têm mais tempo para trabalhar, então, quanto antes começar o campeonato, melhor para eles. Estão com ritmo e treinam por uns dois meses. O Grêmio tem 10 dias para treinar tudo. Como faz isso? Aí você coloca o jogador e machuca o jogador. E não vão render, mas a cobrança vem. Aí, daqui a pouco, você perde o jogador para o Gauchão e também para a Libertadores”, declarou.
“Quem manda é o presidente, mas a minha sugestão é colocar os garotos e esquecer o estadual. Se preocupar com a Libertadores. Até a FGF ter o bom senso de sentar, trocar ideias e conversar com Grêmio e Inter. A gente está cansado de saber das lesões, das cobranças, de não render. A minha sugestão é tirar alguns garotos da Taça São Paulo, deixar aqui treinando e começa o estadual com eles. E prepara a equipe para a Libertadores. O Gauchão é importante, mas a Libertadores não é mais? É botar na balança e pensar. A minha ideia é essa. Se alguém tem uma ideia melhor, pode dar. Quem manda é o presidente Alberto Guerra e a direção”, ampliou Renato, na oportunidade.