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Marco Aurélio Cunha ironiza processo de Maicon contra o São Paulo: “Faustão vai ganhar R$ 1 bilhão”

Ex-dirigente e conselheiro do São Paulo, Marco Aurélio Cunha ironizou o recente processo movido pelo gremista Maicon contra o clube paulista. Na ação trabalhista, o atual camisa 8 do Grêmio reclamava a falta de pagamentos de adicionais noturnos e jogos em domingos e feriados – ele venceu o pleito e ganhará R$ 200 mil, que poderá ser corrigido a R$ 700 mil.

Em live no YouTube neste domingo com os jornalistas Eduardo Tironi e Arnaldo Ribeiro, MAC avaliou que o jogador de futebol não pode ter o trabalho julgado como os convencionais:

“Os trabalhos em geral têm abordagens totalmente fora do contexto em relação ao futebol. Então, garçom não pode trabalhar à noite nem domingo. A legislação no futebol ela é mais do que conhecida na sua rotina. Não é possível que a Justiça do Trabalho não raciocine para ser justa”, disse.

Sem citar o nome de Maicon, que jogou no São Paulo de 2012 a 2015, Cunha considerou o processo “imoral”:

O dirigente declarou não saber quem entrou na Justiça. Fez, entretanto, comentários fortes. “Com todo o respeito a quem deve ter dado essa decisão, quem pede é imoral. Um jogador que pede adicional por jogar domingo é imoral. Não sei quem ganhou a ação e nem quero saber. Ele sabe as condições. É desrespeitoso. Quem pede uma coisa dessas, me perdoe, não faz sentido algum”, afirmou, antes de ironizar ainda mais citando o apresentador da TV Globo, Fausto Silva, que historicamente trabalha aos domingos:

“Narrador também trabalha no domingo. Será que o Cleber Machado ou o Galvão Bueno vão reclamar de trabalhar no domingo? Ora, pelo amor de Deus. Já imaginou o Faustão? Vai ganhar um bilhão de indenização por trabalhar tanto no domingo à tarde”.

Grêmio está tranquilo sobre o caso Maicon

Em entrevista na última semana à TV Bandeirantes, o CEO do Grêmio, Carlos Amodeo, garantiu que o clube não tem a preocupação de sofrer o mesmo tipo de ação futuramente na Justiça. Segundo ele, os modelos de contratos que são estabelecidos pelo tricolor impedem a judicialização pelos motivos de Maicon e Paulo André – este, contra o Corinthians.

“Eu desconheço os casos específicos judiciais, tanto do Maicon contra o São Paulo, quanto o o do Paulo André junto ao Corinthians. O que posso dizer é que a Lei Pelé estabelece uma determinada remuneração acessória. Então o atleta recebe três diferentes verbas: uma salarial, uma acessória e outra de direito de imagem. A função da acessória é compensar uma série de questões trabalhistas que individualmente poderiam ser tratadas. O Grêmio já pratica em todos os seus contratos a divisão as verbas nessas três diferentes opções, buscando atender o máximo possível daquilo que a legislação estabelece. Como desconheço esses casos específicos, tenho dificuldade de emitir um juízo de valor”, disse o dirigente.

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