Mais 2 clubes se posicionam oficialmente a favor da paralisação do Brasileirão

Agora, apenas três equipes não são favoráveis à paralisação do Brasileirão

Mais dois clubes se posicionaram oficialmente a favor da paralisação do Brasileirão em função da situação do Rio Grande do Sul, que segue sentindo os efeitos dramáticos da maior enchente de sua história. Antes favoráveis à continuação dos jogos, o Bahia e o Vitória, em nome do futebol baiano, revisaram o posicionamento em nota conjunta nesta terça.

“Em solidariedade ao Rio Grande do Sul, o Esporte Clube Bahia SAF e o Esporte Clube Vitória defendem a paralisação temporária do Brasileirão. Nesse período, seguiremos buscando soluções e ações para ajudar a população e os Clubes atingidos”, diz a nota dos dois clubes sobre o Brasileirão.

Na última segunda-feira, os times que fazem parte da Liga Forte União votaram em unanimidade a favor da interrupção do Brasileirão. Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Inter, Juventude e Vasco são as equipes da Série A que fazem parte deste bloco. Nas redes sociais, a LFU fez um comunicado:

“Nesta segunda-feira, todos os clubes da Liga Forte União na Série A se posicionaram perante o ofício enviado pela Confederação Brasileira de Futebol. De forma unânime e em bloco, todos são a favor da paralisação imediata do Campeonato Brasileiro até a data de 31 de maio de 2024. A paralisação se faz necessária como medida humanitária, consensual e de justiça de competição”, diz o post.

Grêmio, Atlético-MG, Corinthians e Bragantino também são favoráveis à paralisação do Brasileirão. Dos quatro, apenas o Corinthians não pertence ao grupo Libra. Assim, neste momento, somente três times desejam a continuidade das partidas: Palmeiras, Flamengo e São Paulo.

O que diz a CBF sobre o Brasileirão

No último domingo, a CBF emitiu uma polêmica nota oficial informando que irá realizar uma reunião com todos os clubes para debater diversos temas no dia 27 de maio. Até lá, em tese, os jogos seguem sem as participações dos gaúchos. Ao site Globoesporte.com, o presidente Ednaldo Rodrigues falou nesta terça sobre tudo que vem acontecendo:

“Sobre o pedido de paralisação é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário (aos clubes) porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes”, disse, antes de ampliar:

“Vamos falar com os clubes, ouvindo todos de forma exaustiva e acatando a decisão da maioria. Mas sempre colocando: ‘Olha, temos um calendário difícil, e a paralisação de todos vai contribuir para ficar mais difícil ainda’. Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota. Com essa cota dão sustento as suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol”, justificou o mandatário da CBF.

Ednaldo Rodrigues é o atual presidente da CBF – Foto: Lucas Figueiredo/CBF

As alegações de Palmeiras e Flamengo sobre o Brasileirão

Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras: “Será que todas aquelas pessoas que dependem do futebol seriam capazes de suportar um período de não futebol? Será que todos os trabalhadores que dependem do que está em torno do futebol seriam capazes de suportar o momento? Tivemos um exemplo recente e sabemos quanto os clubes sofrerem quando pararam. Será que a melhor forma será com a paralisação do futebol? O Palmeiras deu exemplo na pandemia e estamos sempre preocupados com o que representa o futebol para todos. Essa tragédia poderá ser superada só com muito trabalho e dedicação

Bruno Spindel, diretor executivo do Flamengo: “O clube já se posicionou em relação aos co-irmãos Inter, Grêmio e Juventude. Temos nos solidarizado e nos colocamos o centro de treinamento à disposição para que quando, e se julgarem necessário, usarem a nossa instalação entre outras ações. A gente entende que, continuando a trabalhar, exercendo as atividades, podemos ajudar mais ainda do que ficando parado

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