
Em nova entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, o ex-centroavante do Grêmio, Jael, passou a limpo a sua trajetória vitoriosa no clube e relembrou a relação com Renato Portaluppi, que chegou a ter momentos tensos antes da chegada a Porto Alegre. Em 2010, o jogador trabalhou com o técnico no Bahia, mas, nos anos seguintes, nunca acertou para atuar nas equipes treinadas por Portaluppi:
“A história que eu tive com o Renato é desde lá de 2010. Nós trabalhamos juntos no Bahia. E eu fui muito bem com ele lá. Ele tentou me trazer para o Grêmio em 2010. Quando ele chegou, o Grêmio estava bem mal na tabela e termina na Libertadores. Em 2011, em janeiro, ele tentou me trazer de novo, mas o Bahia não me liberou. No meio daquele ano, ele tentou me levar para o Athletico. Me ligou, foi bem rancoroso”, contou Jael, antes de ampliar:
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“Eu tinha acertado com o Flamengo. Eu tinha 22 anos, nem me posicionava muito. A empresa que tinha meus direitos que negociava tudo. Quando eu fui para o Flamengo, ele me liga e diz: ‘Meu, nunca mais te chamo para vir para clube nenhum’. E desliga o telefone. E ficamos todo esse tempo sem se falar até eu vir para o Grêmio”.
A chegada ao Grêmio
Jael chega ao Grêmio como um dos reforços para 2017, mas, de cara, sofre grave lesão no joelho e só volta perto do fim do ano para as fases decisivas da Libertadores. Na comparação, ele diz que prefere o time de 2018 do que aquele que ganhou a Libertadores.
“Para mim, o melhor Grêmio que eu vi jogar foi o de 2018. Lembra? Todos que vinham na Arena levavam quatro ou cinco. O que pesa é a eliminação para o River Plate. Chegamos até as quartas da Copa do Brasil, semi da Libertadores e 4° do Brasileirão. Perdemos o Arthur, mas o Maicon voltou voando. Tem várias pessoas que falam isso também. Que o de 2018 era melhor que o de 2017. Mas claro que fica marcado pelo título”, citou Jael, antes de falar o seu momento marcante da campanha do tri da América:
“O que me marcou muito foi a polêmica da minha inscrição na semi. Fui para o Equador, mas não fui relacionado para jogar contra o Barcelona. No jogo da Arena, o Barrios sentiu e não jogou. Entrou o Cícero de titular e eu fui para o banco. Naquele jogo, eu entrei sendo vaiado. Não toda a torcida, mas boa parte. E aí, no primeiro lance, eu dou um pique lá na lateral deles, dou uma trombada, ganho a bola e a torcida já vem comigo. Isso me marcou mais que a assistência na final. Eu entrei, segurei, marquei, botei bola na trave, joguei muito bem. No outro dia, acordei e já tinha mais 50 mil seguidores no Instagram (risos). Aquilo mudou toda a minha confiança”.