Em entrevista concedida na noite desta quarta-feira à Rádio Gaúcha, o ex-presidente colorado Fernando Carvalho avaliou o momento vivido pelo Inter e comparou o atual trabalho de Diego Aguirre com o que Abel Braga fez no último Brasileirão, principalmente no que diz respeito à forma do time atuar.
“Aguirre encontrou a forma de jogar, que não é a mesma do Abel, mas é parecida. Um futebol reativo, que dá a bola para o adversário jogar e que tem contra-ataque de maneira fulminante pela velocidade dos atletas que tem em campo”, antes de projetar crescimento para 2022 nas estruturas físicas fora das quatro linhas:
“O crescimento se dará pela melhoria da estrutura física de CT e formação, e aproximar os meninos da base ao profissional”.
Carvalho não conseguiu salvar o Inter no ano de 2016 – Foto: Ricardo Duarte/InterCarvalho, na mesma entrevista, falou sobre a delicada situação do rival Grêmio e da polêmica do pagamento de “bicho” aos jogadores para evitar o rebaixamento. Com o Inter, ele quase caiu como presidente em 2002 e caiu como vice de futebol chamado às pressas em 2016:
“Claro que faz parte, e isso não é crítica ou criação de polêmica, o futebol tem desses ingredientes na busca por resultados, faz parte da cultura do atleta. Se o objetivo passa a ser permanecer na Série A, o “bicho” vira isso. Mais do que a honra, não tem como se afastar dessa realidade do objetivo dentro de campo. Nada mais normal do que isso”, disse, sobre premiação, antes de concluir em relação ao Grêmio:
“Passei por isso, a situação é idêntica. O filme que vejo no Grêmio é o mesmo que vi no Inter. Tem chance de sair, tem camisa, tem plantel, tem um presidente que faz boa gestão. Mas é difícil”.