Na continuidade da investigação da Operação Penalidade Máxima, que apura manipulações em apostas esportivas no Brasil, oito jogadores foram julgados pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nesta quinta-feira, dentre eles o ex-zagueiro do Grêmio, Paulo Miranda. Atualmente, o defensor está sem clube após pedir para sair do Náutico pouco antes do seu nome vir à tona como um dos envolvidos.
A 4ª Comissão Disciplinar do STJD estabeleceu uma pena a Paulo Miranda de 1.000 dias de suspensão além de uma multa de R$ 70 mil. Ele teria dado o “ok” para tomar cartão amarelo em dois jogos pelo Juventude no Brasileirão do ano passado em troca de dinheiro.
Segundo as informações, o zagueiro teria recebido 5 mil antes de encarar o Fortaleza para receber amarelo, com acordo de 60 mil caso concretizasse o cartão – nesta partida, o jogador recebeu amarelo. Diante do Goiás, o jogador recebeu 10 mil antes da partida, agora com acordo de 50 mil, e novamente levou cartão. No total, o ex-gremista teria levado mais de R$ 100 mil nos “acordos” feitos.
Confira a punição a cada um dos jogadores ouvidos nesta quinta-feira segundo o Globoesporte:
- Moraes (Aparecidense-GO): 760 dias e R$ 55 mil;
- Gabriel Tota (Ypiranga-RS): banimento e R$ 30 mil;
- Paulo Miranda (sem clube): 1.000 dias e R$ 70 mil;
- Eduardo Bauermann (Santos): 12 jogos;
- Igor Cariús (Sport): absolvido;
- Fernando Neto (São Bernardo): 380 dias e R$ 15 mil;
- Matheus Gomes (sem clube): banimento e R$ 10 mil;
- Kevin Lomónaco (Bragantino): 380 dias e R$ 25 mil.
Paulo Miranda no Grêmio
Em 2018, Paulo Miranda foi um dos primeiros reforços do Grêmio na temporada e chegou para ser alternativa à dupla formada por Geromel e Kannemann. No mesmo ano, ele realizava uma grande partida de semifinal de Libertadores na Arena contra o River Plate até ter que sair, no segundo tempo, por fortes dores musculares. Em 2021, no ano do rebaixamento, acabou afastado ao término da temporada e em 2022 assinou com o Juventude.