Ex-goleiro do Grêmio supera drama familiar, interrompe carreira e espera voltar a jogar: “Me chamaram de louco”

Hoje com 35 anos, goleiro Julio César espera arrumar um novo clube para seguir a carreira

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Sem mais espaço no Grêmio, amargando até mesmo a terceira reserva entre os goleiros em 2020, Julio César negociava a sua saída para outros clubes, inclusive da Europa, até que a decisão tomada foi de interromper a carreira. Tudo para estar apoiando o pai, alvo de um câncer na garganta já curado. A história foi detalhada pelo arqueiro de 35 anos ao UOL.

“Eu orei e recebi que era tempo de dar uma pausa, de estar com ele. Foi uma decisão que me trouxe tranquilidade e paz. Muitos acharam que eu era maluco, me chamaram de louco por fazer isso. De nada adiantaria ter acertado com um grande clube e não estar ao lado do meu pai, dar forças a ele, independente dele ter se curado ou ter partido, eu tinha que fazer o meu máximo como filho”, disse, antes de acrescentar:

“Eu sempre tive certeza de que, apesar de todas as dificuldades que nem imaginávamos, ele seria curado e eu iria voltar à ativa, aos treinamentos e a minha carreira”.

Julio admite que o período foi bem diferente de tudo que já havia vivido, mas que, na parte física, conseguiu se manter:

“Foi um período diferente, uns meses que me dediquei só a ele (pai). Como sempre tive facilidade para me cuidar a nível profissional, nunca fui de engordar por conta do meu biotipo, não tive problema. Agora, com a questão de treinamentos ainda mais sendo goleiro… Nesses últimos tempos tenho treinado com um preparador de goleiros, como se fosse um personal, com academia e um contexto quase completo da profissão para estar a altura quando retornar ao clube”.

Além do Grêmio, na carreira, ele também passou por Botafogo, Fluminense, Belenenses (POR), Granada (ESP), Benfica (POR) e Getafe (ESP).