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“O carinho também tem que ser frequente”, diz Roger sobre momento de pressão aos jogadores

Treinador usou o caso de Enner Valencia, que recebeu vaias de torcedores do Inter

Ainda procurando a sua primeira vitória no comando do Inter, o técnico Roger Machado evitou fazer qualquer tipo de crítica à postura da torcida, que realizou protestos em frente ao CT em Alvorada no começo da semana e vaiou o time depois do empate do Palmeiras neste domingo, pelo Brasileirão. Mas, ao mesmo tempo, o treinador, em sua coletiva, indicou que, assim como os protestos e cobranças, o “carinho também tem que ser frequente” em relação aos atletas.

Para Roger, já está claro que o time “evoluiu” das últimas partidas para cá, mas que, ao mesmo tempo, a única garantia possível de dar ao torcedor é o compromisso com o trabalho. O treinador evitou assegurar vitórias já nos próximos jogos, apesar de toda a irritação vinda das arquibancadas por resultados:

“Eu não tenho o que reclamar do nosso torcedor. Ele veio e esteve com a equipe até o final. Eu não tenho como dar garantia. Mas, a olhos vistos, a gente evoluiu. Uma janela de 10% do jogo é que definiu o placar de não vencermos. Mas produzir para ganhar a gente produziu. E eu preciso avaliar o ambiente da produção da semana. A garantia é o trabalho”, afirmou Roger, antes de acrescentar:

“O carinho também tem que ser frequente. Porque, paulada do lado de fora e do lado de dentro, não funciona. A gente entende o torcedor. A internet se manifesta de uma forma muito forte. Não sei se os atletas possuem acesso, mas o ambiente traz essa pressão. Os mais jovens e os mais velhos sentem igual. Somos seres humanos. Buscar dar tranquilidade e fazer as cobranças devidas”.

Enner Valencia pelo Inter
Enner Valencia recebeu vaias de torcedores do Inter – Foto: Ricardo Duarte/Inter

Bruno Henrique tem discurso parecido com o de Roger

Autor de um belíssimo gol de fora da área durante o primeiro tempo, o volante Bruno Henrique parou para conversar com os jornalistas na zona mista do Beira-Rio e também foi perguntado sobre o momento de críticas e pressão da torcida. A sua resposta vai muito na linha do que Roger também falou:

“O momento é bem difícil mesmo. A gente sofre bastante, sabemos que o torcedor está chateado, começamos o ano muito bem e depois da parada, quando perdemos um mês de competição, perdemos também o nosso ritmo. Agora tem a troca de treinador, profissional novo chegando, mas temos que pensar que temos um bom time e que temos que sair dessa situação. A gente joga em um clube grande e as pressões são grandes. É só trabalhando para responder em campo”, alertou Bruno, complementado pelo goleiro Sergio Rochet:

“Hoje saímos daqui com um sabor amargo, porque acho que merecíamos mais. Está acontecendo muito seguido. Temos que melhorar. Obviamente, faz tempo que não vencemos e isso gera impaciência na torcida. Fizemos um grande jogo e infelizmente não vencemos. O futebol é assim”, opinou o uruguaio.

Inter com nova semana cheia de treinamentos

Assim como foi na última, Roger terá mais uma semana inteira dedicada a treinamentos para melhorar o time, ajustar questões táticas e técnicas e pensar no jogo de domingo, 19h, em casa, contra o Athletico. Para esta partida, Borré será desfalque pelo terceiro amarelo. Além disso, o colombiano saiu no intervalo deste domingo com dores musculares na coxa e terá que ser reavaliado pelo Departamento Médico do Inter a partir desta terça.

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