Foram muito fortes as declarações do ex-vice de futebol do Grêmio, Paulo Caleffi, na entrevista concedida nesta semana ao jornalista Leonardo Meneghetti. Na mais impactante delas, o antigo dirigente garantiu que o presidente Alberto Guerra era contra a contratação de Suárez no final de 2022 e que só falou com o uruguaio pela primeira vez no dia da apresentação, na Arena.
“Eu, no Uruguai, em um contato telefônico ríspido com o presidente Alberto Guerra, ele me diz o seguinte: ‘Eu sou contra o negócio, mas se tu convenceres os vices eu vou aceitar a decisão da maioria’. Foi o que eu fiz. Ele não falou com o Suárez em nenhum momento. A primeira vez que ele fala com Suárez é no dia 4 de janeiro, na Arena, para cumprimentar e entregar uma camisa do Grêmio”, declarou Caleffi, que afirmou não ter tido apoio de Guerra jamais:
“Eu apanhei bastante por falar que não tinha aposentadoria. E não teve aposentadoria. Apanhei sozinho nessa. Como apanhei sozinho em toda a minha gestão, porque jamais tive qualquer apoio do presidente Guerra. Não sei até hoje as razões disso”.
Guerra teria impedido Caleffi de entrar no CT
Em meio à novela da permanência ou não de Suárez no meio de 2023, Guerra tomou a decisão de demitir Caleffi e “subir” Antônio Brum para o cargo de vice de futebol. Na época, o presidente argumentou como “desalinhamento de ideias”. E, segundo Caleffi, houve uma “proibição” de que ele entrasse no CT para fazer a sua despedida:
“Após a minha saída, eu não tive autorização para entrar no CT para me despedir de pessoas que eu convivi por mais de 7 meses. Eu recebi um recado dizendo que havia uma orientação do presidente para não me deixar entrar no CT”, finalizou Caleffi.