Bolzan analisa com cautela projeto da Conmebol em doar vacinas aos clubes: “Futebol não deve se antepor ao coletivo”

Presidente do Grêmio entende que há outras áreas prioritárias neste momento para serem vacinadas

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Através da sua direção, a Conmebol, nesta terça-feira, comunicou oficialmente que recebeu uma doação da empresa Sinovac, em parceria com o governo uruguaio, de 50 mil doses de vacina contra a Covid-19. Assim, a entidade projeta vacinar os atletas que disputam as principais competições do continente, como a Copa América, Libertadores e Sul-Americana, com começo da imunização previsto já para o mês de maio.

Ao repercutir as possíveis doações do imunizante aos clubes, o presidente gremista Romildo Bolzan Jr, via assessoria, reagiu com certa cautela e entendeu que há outras áreas prioritárias neste momento:

“O Grêmio irá avaliar o processo sob o ponto de vista ético e humanitário. Existem categorias que, neste momento, impactam mais na busca pela normalidade do convívio social e comunitário, e por isso precisam ser tratadas de forma prioritária. O futebol, mesmo com os seus cuidados, não pode se antepor ao tema que é de cunho coletivo”, declarou.

Neste momento, o Grêmio também sofre com diversos casos de Covid-19. Um deles é o do próprio técnico Renato Portaluppi. No elenco, Vanderson, Paulo Victor, Victor Ferraz, David Braz e Diogo Barbosa testaram positivo nos últimos dias.

A Copa América, que é objeto principal desta iniciativa da Conmebol, vai de 13 de junho a 10 de julho e reunirá dez seleções sul-americanas na Argentina e Colômbia. No entanto, a medida tem causado polêmica por supostamente “furar a fila” da vacinação em diversos países, como o Brasil, que ainda procura a melhor forma de agilizar as campanhas de imunizações inclusive nos grupos prioritários.