O ano era 2014. Campeão gaúcho sobre o Grêmio e classificado à Libertadores com um 3° lugar no Brasileirão, o técnico Abel Braga, apesar dos fracassos na Copa do Brasil e na Sul-Americana, julgava ter feito um bom trabalho no Inter – o suficiente para a sequência em 2015, o que não aconteceu.
Com a troca da gestão de Giovanni Luigi para a volta de Vitorio Piffero à presidência, Abel acabou “esquecido” e a nova gestão foi buscar Diego Aguirre, algo que até hoje machuca o ainda treinador colorado.
Abel lembrou o fato na entrevista coletiva deste domingo, em Salvador, depois da vitória colorada por 2×1 sobre o Bahia pelo Brasileirão. Ao indicar ainda ter essa mágoa pendente, o treinador admitiu que gostaria de continuar até dezembro do próximo ano:
“O novo presidente é soberano. Nós vamos conversar e vamos resolver. Tenho certeza que o que ficar resolvido vai ser pensando no que é melhor pro Inter. Minha ideia era permanecer até o final de 2021, um ano dentro do clube. O que foi tirado de mim mesmo com resultados positivos em 2015, sendo 3°. Essa talvez seja minha única mágoa aqui dentro do Inter”, colocou o treinador.
Conforme revelado pelo próprio técnico, já ocorreu uma primeira conversa com o novo presidente eleito Alessandro Barcellos, que integrou a delegação colorada na Bahia. Da parte da gestão que irá assumir, há o interesse em contar com Abel até fevereiro – até lá, o time ainda faz 11 partidas pelo nacional. Em paralelo, existe o acerto para a contratação do técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez.
O Inter, que é 4° do Brasileirão com 47 pontos, volta a jogar no dia 7 de janeiro fora de casa diante do Ceará.