
O técnico Renato Portaluppi não gostou da pergunta do repórter Bruno Ravazzolli, do Globoesporte.com, depois da derrota do Grêmio por 1×0 para o Inter neste sábado, no Couto Pereira, pelo Brasileirão. Na interpretação do jornalista, o treinador teria “exposto” o seu grupo ao explicar a entrada de Rodrigo Ely como centroavante no segundo tempo por “falta de peças”.
“Renato, tenho certeza que a tua vontade é seguir como técnico do Grêmio. Mas eu quero ampliar e pegar as tuas respostas anteriores. Você fala que vai decolar, em falta de sorte, que uma hora a maré vira, justificou a escolha pelo Rodrigo Ely na minha interpretação expondo o grupo, depois corrigiu dizendo que o grupo é maravilhoso”, questionou Ravazzolii, irritando Renato.
“O que você entende por expor o grupo? Você não vai colocar na minha boca palavras que você quer que eu fale. Expor o grupo é chegar aqui e falar ‘olha, eu tenho que fazer isso porque não tenho qualidade’. É uma coisa. Outra coisa é falta de opções, porque eu tenho jogadores machucados, praticamente todos os meus atacantes hoje estavam jogando. Tive que colocar um zagueiro meu que é bom de cabeça no ataque justamente por falta de opções. Eu nunca vou expor o grupo”, disse Portaluppi, em declaração recuperada pela CNN.
Renato diz que faz trabalho “muito bom”
Mesmo podendo virar lanterna do Brasileirão neste domingo, Renato segue acreditando que faz um trabalho “muito bom” no Grêmio. Neste sentido, ele citou o caso que o treinador Fernando Diniz também está passando no Fluminense mesmo depois de ter vencido títulos importantes:
“Se você pegar meu currículo, ele fala por mim. Ano passado, nessa mesma situação de ‘tem que trocar, ‘tem que mudar’, o Grêmio foi vice-campeão brasileiro. Só não foi o campeão por um detalhezinho, que todo mundo sabe por que”, comentou Renato, para depois terminar:
“Quanto ao meu trabalho, ele é muito bom. No Brasil, eu vejo até o Diniz. Há pouco tempo ganhou a Recopa, a Libertadores, e agora não presta. Esse é o problema do Brasil, só é bom quem ganha. A gente não pode ter uma má fase, porque, se tiver má fase, qualquer treinador do Brasil não presta. É a realidade do futebol brasileiro”.
Depois de seis derrotas consecutivas no Brasileirão, o Grêmio tenta dar fim à maré de azar já nesta quarta-feira, às 20h, fora de casa, diante do Atlético-GO.
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