
Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi nesta semana, o meia-atacante Vina deu mais detalhes de sua saída do Ceará após três temporadas pelo clube. Ele confirmou que a pressão sobre si estava muito grande e que levou em conta o lado da “saúde mental” para se transferir ao Grêmio, onde, ao mesmo tempo, tinha o desejo antigo de trabalhar com o técnico Renato Portaluppi.
“Eu ainda tentei continuar, mas no último jogo que eu joguei lá, contra o Maracanã, eu saí muito vaiado. A gente tinha acabado de tomar um gol e já fui substituído. Ali pra mim, me derrotou, ouvir tudo que eu ouvi”, comentou o meia, antes de acrescentar:
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“Grande oportunidade na minha carreira, vontade de trabalhar com o Renato, vontade de estar aqui. Questão do clube, lá do Ceará, era bom também eu sair. E, principalmente, minha saúde mental. Porque chegou um momento que a pressão em mim, de tudo, que eu absorvi, era tão grande que eu já não cosnseguia mais conter sozinho. As pessoas que estavam próximas a mim já estavam sofrendo”.
O começo de Vina no Grêmio vem sendo animador já com dois gols em quatro jogos. O último deles foi para abrir a contagem no Gre-Nal de domingo, vencido pelo Grêmio no placar de 2×1, na Arena, ainda pela fase inicial do Gauchão.
Vina viveu fase difícil no Athletico
Nascido no Paraná, Vina conta ser torcedor de infância do Athletico, mas, por ironia do destino, foi lá que viveu o pior momento da carreira. Contratado em 2016, acabou posteriormente sendo afastado por decisão da diretoria e teve seis meses de sofrimento treinando em separado no começo de 2017. Ele havia voltado de empréstimo do Náutico e só chegou ao Bahia no meio do mesmo ano:
“Pra tu ver como são as coisas no futebol. Em 2017, eu passo seis meses afastado no Athletico. Foi uma decisão do Petraglia na época. Fiquei seis meses treinando em um campinho de futebol 7 lá atrás no CT. Aí treinava com a garotada da base, alguns não tinha renovado, outros tinham bronca do empresário com a direção. Só que o clube não mandava nem goleiro para nós. Era só nós fazendo bobinho, dois toques, treino no golzinho. De vez em quando eu mesmo ia pro gol. Até que veio o Bahia e fui pra lá”, relembrou o atual meia gremista.
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