
Em nome da direção do Inter, o primeiro a se manifestar em apoio a Edenilson após o caso de denúncia de racismo de Rafael Ramos, do Corinthians, foi o vice-presidente de futebol Emilio Papaléo. O dirigente, claro, condenou todo e qualquer tipo de preconceito, mas acabou sendo criticado por ter usado a palavra “denigrem” já no final do seu pronunciamento após o 2×2, no Beira-Rio, pelo Brasileirão.
Jornalista, comentarista e colunista do site UOL, Juca Kfouri fez uma rápida análise da postura de Papaléo entendendo que se trata de um “racismo estrutural” presente na sociedade brasileira:
“Emilio Papaléo, vice-presidente do Inter, ao denunciar Rafael Ramos, do Corinthians, usou a palavra “denigrem” para acusá-lo. O que dá a medida para demonstrar como o racismo estrutural está a tal ponto incrustado na sociedade brasileira que alguém, em tese, antirracista, repete o preconceito sem se dar conta do quanto está incorrendo no mesmo erro. Temos muito a aprender e a progredir”, escreveu Juca em seu espaço no UOL.
Fora a expressão que causou polêmica, Papaléo fez um discurso totalmente voltado a dar apoio ao camisa 8 do Inter em suas atitudes:
“Lamentavelmente é mais um dos tantos episódios de injúria racial que estamos assistindo, especialmente no futebol. É inadmissível que em 2022 ainda tenhamos que enfrentar e estar aqui prestando depoimentos sobre esse tema tão triste e lamentável. A verdade é que aqui como instituição nos cabe saudar o profissional Edenilson, que vocês sabem que como pessoa e profissional tem conduta exemplar. Não se prestaria a esse tipo de ‘encenação’ caso não tivesse se sentido atingido”, esclareceu o dirigente.
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