
Com título que carrega o seu apelido, Cabezón, a biografia de Andrés D’Alessandro, escrita em parceria com o jornalista argentino Diego Borinsky e lançada em 2021, traz histórias inéditas e de bastidores envolvendo momentos marcantes da carreira do ex-jogador e também de sua relação com o Inter. Selecionamos cinco passagens marcantes para a torcida colorada.
O retorno de D’Alessandro em 2017
Insatisfeito com a postura da direção então liderada por Vitorio Piffero em 2015, D’Ale sentiu que as coisas não melhorariam em 2016 e se mostrou decidido a ir emprestado ao River Plate. O argentino conta que, muitas vezes, não havia nenhum dirigente nos treinamentos do clube na temporada de 2015. E que, certa feita, um específico jogador foi liberado para dar entrevista e se ausentou do jantar com os colegas na concentração, algo que irritou o então capitão.
D’Alessandro contou com todas as letras possíveis no livro que não voltaria ao clube, em 2017, caso a gestão Piffero se mantivesse no poder. Pesou, para o seu retorno, a boa relação que mantinha com quem viria a assumir, Marcelo Medeiros, que havia sido vice de futebol em 2014 com Giovanni Luigi na presidência.
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Ligação na madrugada
O ídolo colorado não citou o nome do dirigente envolvido, mas revelou ter recebido de madrugada uma ligação de “um manager” do Inter, na reta final de 2017, consultando o que ele acharia se Odair Hellmann fosse efetivado como treinador do time principal para 2018 – algo que acabou acontecendo.
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Inicialmente, a direção tentou a volta de Abel Braga, mas não obteve sucesso e aí veio o pensamento da solução caseira com Odair, que assumiu de forma interina a vaga do demitido Guto Ferreira nas três rodadas finais da Série B. A este dirigente, D’Ale disse ser favorável à permanência de Odair, mas alertou que iria consultar a opinião de outras lideranças do elenco, que também aprovaram a ideia.
Pressão em Guto Ferreira
No ano da Série B, uma entrevista dada pelo então técnico Guto Ferreira desagradou imensamente D’Alessandro. Foi após um empate fora de casa com o Luverdense, quando, na coletiva, o treinador disse algo como “só quem está dentro de campo leva os gols”. Para o meia canhoto, o comandante expôs desnecessariamente o elenco com uma declaração assim.
D’Ale conta no livro que pegou o áudio da gravação, juntou mais alguns jogadores e foi procurar o treinador após o jantar da delegação. Ao ouvir a sua própria resposta, Guto, cobrado, precisou se explicar aos atletas e justificar o que quis dizer.
D’Ale achou “sem sentido” a vinda de Zé Ricardo
Em 2019, mesmo após a perda do título da Copa do Brasil para o Athletico, D’Alessandro não concordou com a postura da direção em demitir Odair Hellmann antes da reta final do Brasileirão. Faltando 11 jogos, o clube buscou Zé Ricardo para um mandato-tampão, algo que o argentino considerou “sem sentido”, pois entendia que Odair deveria concluir o trabalho até dezembro.
Na época, a diretoria já havia decidido buscar o argentino Eduardo Coudet, que só topou assumir no final do ano após concluir a gestão no Racing. Foi o que aconteceu. Em janeiro de 2020, Chacho Coudet chegava ao Inter.
Coudet ligou para D’Alessandro
Antes de oficialmente dizer “sim” ao Inter e assinar o contrato, Eduardo Coudet ligou para D’Alessandro para buscar mais informações e referências do clube. Ambos são amigos desde os tempos de River Plate, onde jogaram juntos nos anos 2000. Chacho inclusive foi quem batizou o famoso drible do canhoto de “La Boba”.
Na biografia, porém, D’Ale ressalta que esperava ter tido mais oportunidades de jogar na época em que Coudet era o treinador colorado.
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