Após sofrer críticas de Renato Portaluppi, da direção do Grêmio, da imprensa e de jogadores rivais sobre o seu gramado sintético, o São José resolveu se manifestar em nota oficial na noite desta segunda-feira, dia seguinte à derrota de 1×0 para o tricolor pelo Gauchão. O Zequinha, em certo trecho do comunicado, afirma que o gramado é submetido periodicamente por análises de equipes da Fifa.
O São José defende que a adaptação ao gramado “faz parte do trabalho de atletas e comissão técnica” e diz ter uma estatística que mostra que lesões ligamentares, como a que quase aconteceu no gremista Gustavo Martins, acontecem mais nos campos normais que no sintético. Leia a nota abaixo na íntegra:
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“Nos últimos dois dias, mais uma vez o Esporte Clube São José tem sido alvo de críticas que apontam o gramado sintético do estádio Passo d’Areia como inadequado ou, conforme algumas opiniões, “impraticável”. Diante disso, o clube manifesta-se e propõe algumas reflexões:
Há 12 estádios com partidas disputadas na primeira divisão do Gauchão. Cada um com características, tipo de grama, nivelamento e regularidades únicos. Não hácomo percebermos na prática e a cada rodada um “padrão de qualidade” entre os 12 campos. É possível creditar a estas diferenças a definição, por exemplo, dos resultados das partidas? Ou em cada um destes campos os atletas precisam se adaptar ao cenário do jogo? Pela prática que temos, atestamos que a adaptação à cada rodada, em todos os campos, faz parte do trabalho de atletas e comissão técnica.
Somente um dos 12 estádios conta com gramado sintético, e justamente por esta característica ainda nova no futebol brasileiro o Passo d’Areia é o único submetido periodicamente a avaliações técnicas minuciosas por parte da FIFA para garantir o equilíbrio técnico e a segurança física aos atletas envolvidos em cada partida. O último destes testes ocorreu em janeiro de 2022. Nesta oportunidade, ocorreram testes de nivelamento do campo (que comprovou ser ideal), quique da bola (semelhante aos gramados naturais), resistência à bola (deslocamento semelhante ao natural) e avaliação da resistência do piso aos movimentos articulares dos atletas (garantindo não haver riscos de lesões). O Passo d’Areia do São José foi certificado plenamente pela entidade.
Em 10 anos de grama sintética, estamos na 2ª geração deste piso. Neste período, o histórico de lesões ligamentares é, inclusive, inferior ao observado pelo clube em grama natural.
Qual a “estética” ideal aos campos do Gauchão? A estética, criticada, do Passo d’Areia deve prevalecer aos aspectos técnicos e de segurança comprovados pela avaliação da FIFA? Jamais seremos contrários ao direito à opinião e manifestação. Reforçamos a inteira disponibilidade do clube a detalhar e subsidiar profissionais de imprensa com detalhes sobre as avaliações de nosso gramado“.
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