Vitorioso com a camisa do Inter especialmente no ano de 2006, tendo participado dos títulos da Libertadores e principalmente do Mundial, o ex-atacante Iarley passou a limpo vários temas de sua trajetória no Beira-Rio em recente entrevista concedida ao jornalista Filipe Gamba. Hoje treinador de futebol, o antigo atleta também falou da sua grande amizade com Fernandão.
Coudet e Roger Machado
“O Coudet fazia um jogo mais posicional, com busca de posse de bola, buscando vantagem para encontrar o homem mais livre. O Roger tem um pouco desse jogo, mas não na sua essência. Ele tem mais movimentação e os atletas têm mais liberdade para levarem a bola ao ataque. Eu conversava com os meus amigos que era questão de tempo para o Roger ajustar. Eu tinha certeza”
Momento do Inter
“Hoje tu vê o Inter com confiança. De aproximação, de tabela. Fazia tempo que eu não via o Inter tabelando, infiltrando, com consciência. Fazia tempo que não se via o torcedor com confiança. Isso é a mão do treinador, total. Quando tu tem grandes atletas, eles se adaptam rápido”
D’Alessandro de volta ao Inter
“Boa parte do elenco é sul-americano. E o D’Alessandro pela moral que tem no futebol geral, não só no Inter, esses atletas têm ele como referência. Deu tranquilidade ao torcedor. Sem tirar o mérito do Roger e do Paulo Paixão. Mas a chegada do D’Ale tem impacto grande. O ambiente fica mais leve e o torcedor também. Com a experiência que já tem, ele começa a fazer um pouco do seu trabalho”
Fernandão
“Durante uns dois anos depois da morte do Fernandão, eu não conseguia falar. O pessoal perguntava em entrevista e eu não conseguia. Hoje eu tenho prazer de falar dele. De ter conhecido, convivido com a família. Um amigo leal, um irmão do futebol. Ele me ensinou de não desistir nunca. Algumas vezes os jogos eram complicados e eu olhava para ele com aquele olhar dele, sereno, tranquilo. Nos ajudávamos nessa parte mental”
Saída de Iarley do Inter em 2008 como jogador
“Os empresários enchem a cabeça do dirigente. ‘Ah, ele já ganhou tudo’. Mas por que? Porque querem botar outros jogadores no lugar. Mas alguns atletas têm o DNA do título. Quanto mais ele ganha, mais ele quer. Eu jogava porque eu queria ser campeão. Me dava prazer vencer. Até hoje quando jogo com os meus amigos. E essa saída do Inter em 2008 eu não entendi. Me diziam: ‘Tu não vai dar brecha pros meninos da base’. Meu amigo, se os jovens fossem melhores, como Sobis e outros, eu iria para o banco”
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