O técnico Roger Machado não quis polemizar as recentes falas do vice de futebol do Grêmio, Antônio Brum, que, dias antes do Gre-Nal deste sábado, declarou que ele era apenas um “coadjuvante” na década vitoriosa de 90 do clube. Roger, que não é considerado “ídolo” por Brum, garantiu que não usou essa declaração para motivar os jogadores na vitória de 1×0 no Beira-Rio, com gol de Borré.
“A gente sabe que tem coisas mais profundas em determinados comentários. porém acho que tudo faz parte da cultura do clássico. Com nossa experiência, a tentativa nesses 10 dias foi justamente blindar os atletas e não levar para o lado pessoal”, disse Roger, antes de acrescentar:
“Eu, em nenhum momento, usei a declaração do vice-presidente do Grêmio falando da minha trajetória no clube para motivar meus atletas. A nossa motivação tem que ser muito maior do que isso. Eram três pontos de um clássico importante, que tinha muita coisa envolvida. O restante é a história que vai ficar para a gente contar para os netos”.
Para Roger, a forma que o Inter venceu o Grêmio por 1×0 neste sábado mostra um pouco mais da “união” construída no dia a dia do grupo:
“Sabemos que aqui na nossa aldeia o clássico vale mais do que os três pontos. Ouvi os debates da semana. A união do grupo mostra que eles abraçaram a proposta de trabalho da comissão. Isso é metade do trabalho. Jogador é movido a confiança”, finalizou.
O que Brum disse sobre Roger?
A polêmica declaração de Antônio Brum foi dada na quinta-feira, no programa Sem Filtro, do portal GZH. Ele falou as seguintes palavras ao se dirigir à história de Roger Machado no Grêmio:
“A gente vê grandes ídolos que se consolidaram tanto no Grêmio quanto no Inter que tiveram a oportunidade de fazer o caminho contrário e optaram por não fazer. Aí é uma decisão pessoal de cada um. Não me afeta em nada ver o Roger no Inter, de maneira nenhuma. Até porque pra mim ele não era um ídolo”, declarou, em fala publicada no portal GZH.
“Foi um jogador importante, de uma época vencedora do Grêmio. Mas era um coadjuvante naquele time (da segunda metade dos anos 1990). Claro que ganhou muita coisa. Mas foi um coadjuvante num time, por exemplo, como o Cortez, na Libertadores (de 2017), que foi importante, mas tinha o Luan, o Arthur e outros”, finalizou.
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