
O empate 3×3 entre Internacional e Nacional pela Libertadores gerou questionamentos sobre as escolhas do técnico Roger Machado durante a partida. O treinador comentou sobre as substituições realizadas no final do jogo quando tirou Bernabei e Wesley e sobre a fase de Enner Valencia e Rafael Borré, os principais atacantes do elenco, que enfrentam dificuldades para marcar nos últimos compromissos.
Substituições no final do jogo
Sobre as entradas de Ramon e Nathan nos minutos finais, Roger apontou o desgaste como principal motivador para as alterações. Ele destacou a necessidade de trazer frescor para posições fundamentais no esquema tático:
“O Bernabei fez muitos e muitos avanços. Botar uma saúde, um frescor na posição. O Ramon também é um cara ofensivo. Pelo lado do Nathan, o Nacional colocou o Vargas, um jogador descansado de velocidade, para atuar em cima ou nas costas do Vitinho. Vitão já vinha do desgaste do jogo, então, foi para colocar um jogador da posição que também tem a virtude no ataque”.
Embora as trocas não tenham surtido o impacto esperado, Roger reforçou que o objetivo era manter o volume de jogo pelos lados do campo, algo que vinha sendo explorado pelos jogadores substituídos: “A ideia inicial foi essa, para que a gente seguisse com volume, não que a gente perdesse o volume de jogo”.
Fase de Enner Valencia e Rafael Borré
Os dois atacantes medalhões do Inter também foram tema da coletiva. Questionado sobre a baixa produtividade recente de Valencia e Borré, Roger Machado minimizou as críticas, afirmando que atacantes vivem altos e baixos e que as situações de finalização precisam ser melhor criadas pelo restante da equipe:
“Atacantes passam por bons e maus momentos. Até bem pouco tempo, estávamos festejando a titularidade do Valencia pelo que ele vinha produzindo, e o bom momento do Borré, sinalizando que tínhamos dois jogadores com muito peso. Hoje, de fato, tiveram poucas oportunidades, em função também da defesa rival”.
O técnico também analisou as características distintas de cada jogador, citando o contexto necessário para que ambos desempenhem o que têm de melhor: “Borré é um jogador que se movimenta mais e precisa que a área esteja menos povoada para achar o espaço. Já o Valencia teve chances, mas o goleiro adversário fez grandes defesas, como no jogo contra o Palmeiras”.
Por fim, Roger indicou que a equipe pode estar produzindo menos situações claras de gol para facilitar o trabalho dos atacantes: “Talvez a gente esteja produzindo menos para oferecer para esses jogadores, que têm a vida fazendo gols”.
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Próximos passos na Libertadores
Com o empate em casa, o Inter agora tem dois jogos consecutivos como visitante pela Libertadores contra Atlético Nacional e Nacional, antes de finalizar em casa contra o Bahia. A equipe precisa somar pontos para se manter viva na competição e buscar a classificação no Grupo F.