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Roger Machado explica o “apagão” do Inter e a busca por reação

Técnico evidencia capacidade de reação da equipe e foca em gestão emocional para sequência decisiva

Apesar dos desafios enfrentados recentemente, Roger Machado ressaltou aspectos positivos do Internacional durante sua coletiva de imprensa, realizada após o empate por 3 a 3 contra o Nacional do Uruguai, válido pela terceira rodada da Libertadores.

Nos primeiros 10 minutos de jogo, o time colorado já estava em desvantagem por 2 a 0, e encerrou o primeiro tempo perdendo por 3 a 1, com Alan Patrick descontando de pênalti. No segundo tempo, a equipe retornou com uma postura renovada, conseguindo um empate impressionante. O treinador destacou a capacidade de reação como um dos grandes méritos da equipe, além de enfatizar a relevância da gestão emocional e física dos jogadores diante de um calendário exigente.

Espírito de luta e capacidade de reação

Roger reconheceu que os primeiros 15 minutos foram abaixo do esperado e quase comprometeram a partida. Segundo ele, a equipe errou na execução em saídas de bola, o que permitiu transições rápidas do adversário e resultou nos dois gols iniciais:

“Nos primeiros 15 minutos nós quase colocamos a perder um jogo muito importante da Libertadores. Foram dois gols de erro de execução nas saídas por dentro, que originaram as transições do adversário. Isso tirou o nosso equilíbrio estratégico e nos colocou em uma posição de desvantagem.

Se analisarmos apenas esse ‘frame’ inicial, foi um meio tempo ruim que nos tirou o equilíbrio estratégico e a força da partida. Isso nos preocupa, porque esses começos têm sido emblemáticos nos últimos jogos. O gol no final do primeiro tempo nos deu uma ideia do que precisávamos para retomar o controle na partida, ajustamos no intervalo e conseguimos um segundo tempo melhor.”

  • Roger Machado

O técnico também destacou como o gol no final do primeiro tempo serviu como um ponto de virada para corrigir a postura da equipe e encontrar caminhos para reagir na segunda etapa.

“O gol no final do primeiro tempo nos deu uma ideia do que precisávamos para retomar o controle na partida, ajustamos no intervalo e conseguimos um segundo tempo melhor.”

No final da partida, em entrevista para a TV, o zagueiro Vitão falou a frase “O Inter se recusa a perder”, o treinador foi questionado e destacou que o espírito competitivo do time não significa apenas tentar empatar, mas, sim, lutar pela vitória em todas as situações: “O fato de se negar a perder é buscar sempre a vitória, e por vezes vai ser saindo atrás do placar”, disse o treinador.

Planejamento focado no emocional e físico

Roger Machado demonstrou preocupação com o impacto emocional do calendário intenso, explicando que o descanso mental é essencial para recuperar a prontidão dos jogadores. Ele também compartilhou detalhes sobre o planejamento feito pela comissão técnica, que analisa informações diárias de cada atleta para definir estratégias:

“Por vezes, a ausência dos jogadores não é só para o descanso. Eu já falei da questão do reequilíbrio, das cargas de força. Preciso de alguns dias a mais para que eles também treinem essa capacidade e a gente consiga manter força dentro do campo.”

Ele reforçou que o acompanhamento dos atletas recém-chegados, cujo histórico ainda é limitado, exige ainda mais atenção, e o planejamento precisa ser adaptado conforme as situações individuais.

Roger Machado, Inter
Foto: Ricardo Duarte/Inter

Próximos desafios na Libertadores

Com dois jogos fora de casa pela Libertadores, o Inter terá a oportunidade de testar sua resiliência e aplicar os aprendizados de jogos anteriores. Roger Machado segue confiante na capacidade do grupo de superar os desafios e consolidar sua postura como uma equipe competitiva e equilibrada.

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