Sem poder contar com Wesley, suspenso, o técnico Roger Machado resolveu montar o Inter com três meias e gostou do que viu no desempenho colorado na vitória de 2×1 para cima do Fortaleza, no Beira-Rio, pelo Brasileirão. Em coletiva de imprensa, o treinador ainda rasgou elogios a Alan Patrick, falou da fase do lateral-esquerdo Bernabei e revelou uma nova conversa com Gabriel Carvalho na véspera da partida:
Escalação do Inter com três meias
“Sobre os três meias, já afirmei certa vez que eu deveria escolher dois. Mas hoje o jogo mostrou que é possível uma nova dinâmica acontecer. No caso de hoje, surpreendeu positivamente. Imaginamos que a combinação desses jogadores geraria jogadas como a do primeiro gol. Penso que foi uma partida equilibrada o jogo inteiro”
Alan Patrick
“O Alan Patrick tem ótima relação com a bola e com os espaços do campo. Tendo o domínio da bola, ele direciona para um movimento para termos vantagem na frente. Todos atletas vivem bons e maus momentos. Tivemos mudança de metodologia e era preciso uma evolução na parte física. Os atletas evoluíram muito. Com a bola, o Alan dispensa comentários. É raro ver jogadores com essa relação com a bola. Ele direciona para onde o jogo pede”
Parte física do Inter neste momento do ano
“Para mim, o jogo de futebol é um jogo tático decidido por ações físicas e técnicas. O fato de estarmos fazendo jogo físico tem relação à parte física evoluída para sustentar esse tipo de jogo. Até uma simples corrida em campo tem movimento tático. Nunca houve falta de vontade ou falta de interesse”
Momento de Bernabei
“O que eu tenho conversado com o Bernabei é que, se nós tivéssemos jogados juntos, ele iria me ensinar a atacar. Porque eu não era tão bom quanto ele no ataque. Mas sei que posso contribuir com ele defensivamente. Ele tem a ferramenta para defender bem. Ele tem força, tem bola aérea apesar de ter 1,75m, a gente não vê dificuldade nele nessas bolas. Há a ansiedade da juventude, mas a maturidade vai dar experiência para ele”
Jovens do Inter e pés no chão
“Eles precisam ter os pés no chão. Ontem o Gabriel Carvalho chegou e eu perguntei como tinha sido a experiência na Seleção. Aí eu falei para ele: ‘Deixa eu te contar uma coisa, com 18 anos eu fui convocado, mas não para a sub-20, para a principal, me respeita’. Mas quando eu voltei da seleção, voltei com uma unha desse tamanho. Achando que eu era o melhor lateral do Brasil e que a orquestra teria que tocar para mim. Então falei para ele que eu iria atalhar e dar uma dura nele antes de isso acontecer. Joga para os teus companheiros e sempre com os pés no chão”