O técnico Renato Portaluppi evitou bancar a sua permanência no Grêmio na forte coletiva de imprensa que concedeu depois da vitória sobre o Náutico, domingo, por 3×0, em jogo que garantiu o clube de volta à Série A nacional em 2023. No dia seguinte, o treinador teve uma conversa com o jornalista Eduardo Gabardo, de GZH, que relatou novas informações sobre o futuro no tricolor.
Renato já admitiu ter tido conversas prévias com Alberto Guerra e Odorico Roman, que são, no momento, os dois principais candidatos à presidência do clube. Ele afirma que quer, antes de tudo, conhecer quais serão os dirigentes de futebol que estarão no clube em 2023 para, aí sim, dar uma resposta.
“Uma questão fundamental para Renato é conhecer os profissionais que estarão no departamento de futebol. Por isso, ele citou na entrevista que isto é importante, ressaltando que quer pessoas competentes ao seu lado”, relatou Gabardo.
O fato é que Renato, que tem contrato assinado até o fim da Série B, ainda fará os jogos fora de casa contra o Tombense, sexta, 19h, além do já rebaixado Brusque, na Arena, na rodada final.
Renato subiu o tom em coletiva
Na coletiva depois do acesso contra o Náutico, Renato se mostrou fiel ao seu já conhecido estilo e mandou o que pensa sobre “amadorismo” dentro do futebol, colocando essa como uma das causas do rebaixamento do Grêmio.
“O Grêmio não caiu para a 2ª divisão à toa. Quem entende de futebol e é inteligente sabe onde está o erro. Dois vezes dois são quatro, não seis. Nem oito. Quem entende de futebol sabe onde precisa mexer e o que precisa ser feito. Não se brinca com futebol, nem com uma nação, instituição. Se não entender do babado, a conta vai chegar. E a conta chegou. Cadê essas pessoas agora?”, comentou o técnico.
“Chega de fazer o nosso torcedor sofrer. Se tiver que perder título, partida, que seja com honra, grupo forte, que as pessoas queiram vestir a camisa do Grêmio. E não falo para puxar saco de ninguém, não preciso. O presidente me ligou, e eu voltei. Me criei dentro desse clube. Está na hora, assim como empresas levam profissionais que entendem do babado, está na do futebol botar quem entende de futebol, não as pessoas que acham que entendem de futebol. A conta chega e é um estrago enorme. Como aconteceu”, finalizou.
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