Já em vias de ser rebaixado à segunda divisão no Brasileirão de 2021, o Grêmio saiu perdendo de 2×0 para o Flamengo com dois gols de Vitinho na Arena, mas conseguiu empatar o jogo para ganhar um leve respiro na briga. Na casamata rival estava Renato Portaluppi, que, na época, recebeu críticas por possivelmente não ter encarado a partida com a devida seriedade.
Porém, ao jornalista Rica Perrone, no YouTube, Renato garantiu ter sido totalmente profissional e lembrou que o Flamengo disputaria a final da Libertadores diante do Palmeiras alguns dias depois. Por isso, a necessidade da não escalação de alguns jogadores de renome:
“Um clube grande como o Grêmio não cai por um jogo apenas. Tem que errar muito para cair, mas muito. Só que alguém vai ter que apagar essa luz. Aquele jogo foi 2×2. Eu até poupei alguns jogadores porque a gente teria a final da Libertadores dias depois. Alguns titulares até pediram pra jogar. Mas a situação do Grêmio ali já era bem difícil. Agora, isso não existe (mandar não ganhar o jogo)”, comentou.
Reforçando a sua identificação com o Grêmio, Renato também lembrou quando pediu para não jogar pelo Botafogo em um jogo decisivo de 1991:
“Em 1991, eu era jogador do Botafogo e o Grêmio estava disputando para não cair. O Botafogo não disputava mais nada e eu pedi pro presidente me liberar. Falei que o Grêmio era o clube do meu coração. Se o Botafogo ainda disputasse algo, eu seria profissional. Agora, eu também sigo sendo profissional como treinador. Mas um clube não cai por um jogo só”
Mais declarações de Renato Portaluppi ao jornalista Rica Perrone
- “Quando eu cheguei no Grêmio de volta agora, eu vi coisas que não gostei. Tanto é que chamei o meu grupo, conversei, chamei o presidente para conversar também. Tomei as rédeas, mudamos algumas coisas e subimos. E eu falei que não era para cobrar futebol bonito. Iríamos sofrer. E eu não sei se subiria do jeito que estava. Não sei se o Grêmio iria conseguir”
- “Vamos conversar. Ele (presidente Alberto Guerra) sabe que precisa contratar. Porque, se não contratar, volta para a Série B. O nível do Campeonato Brasileiro, jogando contra os grandes, é bem diferente. Você precisa ter grupo forte. Mas o presidente sabe disso. Sabe que precisa gastar. Não tem jeito, você precisa gastar”
- “No dia seguinte dos jogos, os jogadores costumam se recuperar e tal, aí eu vou na fisioterapia e vejo o Diego Souza deitado na maca, recebendo massagem, isso e aquilo. Eu passo lá e falo: ‘Diego, que tá fazendo aí? Você correu 500 metros ontem. A minha estátua correu mais que você’ (risos). Mas ele estava com probleminha de hérnia e precisou fazer cirurgia. Acho que ele fica mais um ano com a gente sim”
- “Eu falei pro Felipão uma vez: ‘Vai curtir a vida, deu né?’. Ele é dono de metade de Canoas (risos). Mas tu vê quando o cara é vencedor, é competitivo. Quer seguir ganhando tudo mesmo já tendo vencido muita coisa. Ele é uma lenda, um cara humilde, uma lenda”
- “Entre Cebolinha e Luan? Os dois, quero os dois. Eu falo com o Luan. No ano passado disse pra ele que levaria ele pro Flamengo se eu ficasse no clube. Às vezes o treinador tem que entender que não é só tática, que também tem que cuidar o lado humano do cara. Ninguém desaprende a jogar. Não sei (se volta pro Grêmio), dependeria muito das cifras, não é um jogador barato”
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