O Grêmio voltou a trabalhar na última segunda-feira após um final de semana de folga. E a tal folga foi um dos principais temas da coletiva de imprensa do técnico Renato Portaluppi nesta terça, quando, dentre outras coisas, deixou uma resposta ao ex-treinador gremista Tiago Nunes. Há alguns meses, ao jornalista Duda Garbi, Nunes disse ter visto “coisas surreais” ao chegar no Grêmio em 2021 para substituir Renato como, por exemplo, jogadores compensando falta de carga de treino com futevôlei.
“Sobre o Tiago Nunes: ele já tinha feito algumas críticas lá atrás e eu me calei. Agora, o que o Tiago Nunes ganhou? Muitas vezes aqui no Grêmio os jogadores pediam para que eu terminasse o treino por conta da intensidade, porque estava sendo muito puxado. Acho que os oito títulos que eu ganhei, mais ou menos, foi quando os atletas jogavam futevôlei. Então nós vamos jogar futevôlei. Eu dou folga, mas também dou títulos”, disparou Renato.
Renato, na continuidade de sua resposta, fez até uma ironia em relação à carreira do colega citando clubes que ele passou por curto período:
“O Tiago Nunes trabalhou três meses no Ceará, não é? E outros três meses no Corinthians? Então não tinha futevôlei lá. Eu estou cansado de ouvir certas coisas e ficar calado. As pessoas podem falar o que bem entenderem, mas tem de bancar. Por que ele não falou isso quando estava aqui no Grêmio? Eu não entendo. No momento em que as coisas não dão certo as pessoas começam a arranjar desculpas. Sou treinador do Grêmio, sou pago para treinar e dar resultados. E quando tiver que dar folga, vou dar”.
O que disse Tiago Nunes sobre o Grêmio pós-Renato
Na citada entrevista, Tiago Nunes – que hoje segue livre no mercado – disse as seguintes palavras sobre o que encontrou no dia a dia do Grêmio:
“O Grêmio não caiu em 30 dias. É um processo que o time já não vinha bem. Tem que ter tempo para o processo de transição. Tinha jogador que precisava sair. O próprio Maicon teve muitas lesões, não conseguia jogar. O Grêmio teve um problema seríssimo de preparação física. O Reverson Pimentel, quando eu cheguei, já estava tentando melhorar. Eu cheguei e os caras jogavam futevôlei fora do horário do treino para compensar o que não treinavam. A gente teve que acabar com algumas coisas ali dentro que eram surreais. O futebol não estava mais tão profissional como deveria ser”, disparou.
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