Irritado com decisões da arbitragem de Braulio da Silva Machado, o técnico Renato Portaluppi abandonou a reta final de Bahia 1×0 Grêmio na Arena Fonte Nova, neste sábado, pelo Brasileirão, levando todos os jogadores reservas para o vestiário ao mesmo tempo. Em coletiva de imprensa, ele afirmou não se arrepender da sua atitude e explicou o que o levou a ela.
Segundo Renato, o Presidente de Arbitragem da Federação Baiana, Jailson Macedo de Freitas, estava na beira do campo em local que não poderia estar e indicou ao 4° árbitro que o centroavante Diego Costa, que posteriormente foi expulso, havia dito algumas palavras ao juiz de campo.
“Eu tirei o time para não ser expulso e para que ninguém mais fosse expulso. O seu Jailson Macedo de Freitas é o diretor de arbitragem da Federação Baiana. Ele não poderia estar do lado do 4° árbitro. E ele disse que viu o Diego Costa falar alguma coisa. Mas ele não falou nada. Você quer que eu deixe os meus jogadores ali para serem expulsos? Não dá. No primeiro tempo, quase quebraram o Soteldo e ele deixou o jogo seguir. No segundo tempo foi o Cristaldo”, disse Renato.
Renato ameaça boicote ao Brasileirão
Transtornado com toda esta situação, Renato falou até em levar mais a sério as denúncias que o dono da SAF do Botafogo, John Textor, vem fazendo sobre manipulações no futebol brasileiro. E ainda ameaçou boicotar o Brasileirão usando apenas os garotos da base nos jogos:
“O Bahia fez cera, teve substituições e no 2° tempo ele deu 6 minutos de acréscimos. Eu estou até calmo para explicar. Até onde a CBF quer ir com o campeonato? Ou vamos ter que dar mais atenção ao que o presidente do Botafogo tem falado? Se eu mando o meu time fazer cera, não sou profissional. Mas eu mando o meu time jogar. Hoje tinha que ter no mínimo 10 minutos de acréscimos no segundo tempo. Vocês querem que a gente leve o futebol brasileiro a sério? Se o presidente der uma ordem, eu boto os garotos para jogar o Brasileirão. Na quarta rodada a gente está vivendo isso. Na quarta. Até quando?”, citou Renato, para depois finalizar:
“A gente trabalha, vive em avião e hotel, para ver isso aí. Uma hora cansa. A gente quer trabalhar, dar moral para a arbitragem, para o Brasileirão, mas é isso. Eu tirei todo mundo e não me arrependo. Tomei um amarelo e nem sei o motivo. Eu reclamei dos 6 minutos de acréscimos. O sistema é f… é nadar contra a maré. Por mim, faço os pontos necessários e boto os garotos para jogar o Brasileirão. A gente precisa se manifestar e gritar. Amanhã ou depois vai acontecer de novo, de novo, de novo. É o futebol brasileiro”.
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