Ao repercutir os recentes protestos da torcida do Inter tanto no CT como no hotel da concentração, o técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez, logo depois do 2×2 diante do Sport Recife no Beira-Rio, na estreia do Brasileirão, deixou escapar uma crítica à imprensa “lembrando” que também há apoiadores do time nas manifestações.
Pressionado, o treinador ao mesmo tempo admitiu que é “respeitável” o torcedor colorado estar insatisfeito com o atual momento do time:
“No hotel, foram protestar, mas teve gente que foi apoiar. Tanto ontem, quanto hoje, havia gente na entrada do hotel apoiando. Entendo que isso não vende, não dá audiência aos programas. Que isso se converta em hostilidade aos jogadores? Não sei se ajuda”, disse, antes de acrescentar:
“Logicamente, tem gente que está descontente. Totalmente respeitável, porque a torcida está com fome de títulos, de vitórias. Este clube está há anos sem ganhar, e o colorado quer ver seu time campeão. É normal. O jogador, a comissão técnica e a direção temos que ter claro onde estamos. Estamos em um clube grande, que vai ter pressão sempre e que tem que ganhar sempre”.
Por mais que seja iniciante no futebol brasileiro e ainda novato na própria profissão, Ramírez garante estar totalmente consciente da pressão que envolve o Inter e seus profissionais:
“Queremos um modelo que nos faça ser competitivo por muito tempo, sem depender da sorte ou da arbitragem. Estar sempre mais perto da vitória do que da derrota. Temos que estar pra cima dos resultados. Nos concentramos no que temos que melhorar. Já estamos analisando, mostrando aos jogadores, treinando. Não sou ninguém para dizer ao torcedor como tem que estar. O único que posso fazer é trabalhar, e trabalhar com meus jogadores para que deem a máxima alegria possível à torcida o quanto antes. Isso estou fazendo no dia a dia”, prometeu.
O próximo desafio do Internacional de Miguel Ángel Ramírez é na quinta-feira, 19h, na ida da terceira fase da Copa do Brasil contra o Vitória fora de casa.
