Rafael Moura relembra incômodo com a imprensa gaúcha e cita episódio de cobrança de torcedor do Inter: “Eu nem jogava”

Experiente centroavante voltou a falar do Inter em entrevista concedida ao "Bora Pra Resenha"

Publicidade

Em entrevista concedida ao “Bora Pra Resenha”, do YouTube, o centroavante Rafael Moura voltou a falar sobre a sua passagem pelo Inter e das constantes cobranças que sofria da imprensa gaúcha por conta dos altos valores envolvidos na contratação. Ele explicou também o que motivou, logo no começo de 2014, a ir para uma coletiva com um papelzinho com anotações de seus números para dar satisfações aos jornalistas.

Moura relembrou um episódio de 2013, quando ainda era reserva de Leandro Damião, que foi cobrado por um torcedor a caminho do colégio com as filhas:

“Eu cheguei com um bom contrato no Inter, era um jogador caro, mas eu não podia dar carteiraço e me escalar só porque eu era caro. Não existe isso no contrato. E a imprensa de lá começava a fazer matéria do tipo: “Quanto custa cada gol do Rafael?’. E isso começou a me incomodar. Eu pensei comigo mesmo e me dei conta que eu nem jogava, que só entrava muitas vezes faltando cinco minutos. Pedi para o assessor os números e eu tinha, em 2013, uns 20 jogos no total, mas somando os minutos dava somente três jogos completos”, disse, antes de acrescentar:

“Aí eu abri a temporada de 2014 naquela coletiva que eu fiz questão de dar. Levei o papelzinho com a minha letra mesmo pra explicar ao torcedor. Teve uma vez que eu estava levando minha filha na escola, de mão dada e vinha outros pais me cobrarem. No restaurante também. Depois chegou o Abel, que tinha me treinado no Fluminense e eu já sabia que ia jogar. Aí falei pra imprensa que a partir de agora poderiam me cobrar. Já sabia que eu seria titular. Só que em 2014 eu terminei o ano com 21 gols e tiveram que suportar”.

Sem clube desde que saiu do Botafogo no ano passado, Moura explicou o quanto é difícil para um centroavante reserva entrar apenas no final das partidas:

“Entrando no final dos jogos é sempre complicado pro centroavante. Eu sempre precisei que o time armasse as jogadas pra mim. Se você está perdendo por 2, 3 gols, é complicado pra criar alguma chance. Quando está ganhando assim, aí o time não quer passar do meio, fica tocando bola pra se poupar e eu também não participo. Então era complicado analisar os números daquela maneira”, acrescentou.

Entre no canal do WhatsApp do Zona Mista e receba notícias do Inter em tempo real. (Clique Aqui)