Os recentes maus resultados do Inter na temporada, que se acumularam desde a queda para o Olimpia na Libertadores, aumentaram a pressão interna também em cima de alguns dirigentes ligados ao futebol do clube. João Patrício Herrmann, vice de futebol, é quem sofre a maior parte das contestações e tem o cargo ameaçado neste momento.
Um fator político, no entanto, ainda pesa para a sua continuidade. Ele é um dos principais nomes do movimento Convergência Colorada, que serviu de apoio e integrou a vitória do presidente Alessandro Barcellos nas últimas eleições. Eventual saída de Herrmann poderia provocar ruptura e ampliar a tensão política no clube.
“Estou vice de futebol. Não é um cargo remunerado. Não é um cargo que eu pedi pra estar. Faço parte de uma diretoria, em que fui indicado pelo Conselho de Gestão, que a qualquer momento pode mudar de vice-presidente. Meu cargo está, permanentemente, à disposição do clube. Independente de qualquer situação, ganhando, perdendo ou empatando, não vou deixar de ser colorado”, disse Herrmann à Rádio Guaíba após a eliminação para o Olimpia.
Herrmann tem toda a sua família ligada historicamente ao Inter e também integrou a gestão do antigo presidente Marcelo Medeiros, sendo um dos vices eleitos na chapa que iniciou o mandato em 2017.
Quem também passa a sofrer contestações é o executivo de futebol Paulo Bracks, trazido no início do ano junto ao América-MG para a função que era de Rodrigo Caetano. A demora em apresentar reforços, segundo o site GZH, seria um dos motivos de insatisfação de outros pares da direção. O Conselho de Gestão do Inter volta a se reunir nesta segunda-feira, quando novas mudanças podem começar a ser desenhadas.