A decisão da CBF em manter a Série A em andamento – assim como as demais séries – apenas sem os jogos dos times gaúchos por 20 dias foi defendida pelo presidente do Atlético-GO, Adson Batista. Em uma entrevista que repercutiu bastante ao longo do dia, dada ao Globoesporte.com, o mandatário do Dragão se perguntou até que ponto adiantaria “ficar sofrendo e chorando”.
“Penso que não é solução parar o campeonato. Parar por quê? Para podermos ficar aqui sofrendo e chorando?”, disparou Adson, antes de acrescentar: “Não adianta criar um problema em cima de outro. Temos que continuar o campeonato, dar apoio aos irmãos do Sul, mas sem prejudicar a competição. Senão vamos passar pelos mesmos problemas da época da Covid-19. Com jogos cedo, à tarde e à noite. Time emergente como o Atlético-GO não tem estrutura para jogar um campeonato com bom nível pensando dessa forma”.
O presidente do clube goiano reforçou a sua solidariedade ao Rio Grande do Sul pela atual enchente vivida, mas disse que os outros 17 times da Série A do Brasileirão não devem ser “sacrificados”.
“É uma catástrofe e todos nós sentimos muito por nossos irmão brasileiros e pelo o que estão passando. Só que na minha opinião, um problema grande não justifica criar outro grande problema. O país é continental. Temos 20 clubes na Série A do Brasileiro. Os outros 17 vão ter que ser sacrificados? Não precisa disso. Precisamos que esses 17 continuem fazendo boas ações em seus jogos e preservar os três clubes gaúchos nesse momento tão difícil. Com a CBF cuidando disso e até com a possibilidade de oferecer sua estrutura (Granja Comary) para ajudar esses clubes”.
Outro clube da Série A
O outro clube da Série A que se manifestou contra a paralisação geral do campeonato foi o Athletico, que é o atual líder do Brasileirão com 10 pontos ao lado do Bahia. Mais cedo, times como Flamengo, Palmeiras e São Paulo assinaram nota conjunta oferecendo as suas estruturas para Inter, Grêmio e Juventude.
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