Desde maio de 2018 em Porto Alegre, indo diariamente ao Beira-Rio cumprir as funções de executivo de futebol do Inter, Rodrigo Caetano está perto de ser anunciado no Atlético-MG para o mesmo cargo. Mas, antes, repassou os mais de dois anos de trabalho no colorado em entrevista ao UOL Esporte.
Ele relembrou o momento delicado de sua chegada, após uma disputa de Série B no ano anterior e quedas precoces no Gauchão e na Copa do Brasil:
“A gente quando trabalha em um grande clube, com torcida gigante, vindo depois de uma segunda divisão, o torcedor volta machucado. Nós tínhamos que de pronto passar novamente a esperança para o jogador. A equipe em 2018, sob o comando do Odair Hellmann, conseguiu isso no Brasileiro. Disputamos até as últimas rodadas a possibilidade do título. Depois, dentre os desafios, 2019 nos abriu a missão da confirmação dessa reestruturação”, comentou.
Ao falar de 2020, Caetano voltou a lamentar a forma como o técnico argentino Eduardo Coudet saiu e valorizou o enfrentamento do Inter no combate à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus:
“Infelizmente, acabamos perdendo a final da Copa do Brasil. Em 2020, último ano de gestão do presidente (Marcelo Medeiros), tivemos a contratação de um técnico estrangeiro, o Eduardo Coudet, com a nova metodologia, e que teve um ótimo início de trabalho, passou a pré-Libertadores, a equipe vinha bem, liderou o Brasileiro durante muitas rodadas, mas, infelizmente, ele acabou nos deixando por decisão pessoal e profissional. O maior desafio foi gerenciar o momento da pandemia, ter frustrado todo o seu plano por conta do momento, da dificuldade financeira, e gerenciar e escolhendo bem. Todos os atletas e funcionários do departamento de futebol tiveram vencimentos reduzidos e não houve nenhum litígio nessa parte”, concluiu.
Para a função que era exercida por Caetano, o Inter se acertou – e já apresentou – com Paulo Bracks, que estava no América-MG.