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Pedro Ernesto cita “maior confusão da vida” após falar que Inter rasgava a camisa do São Paulo: “Entraram na cabine no Beira-Rio”

Narrador relembrou a polêmica que marcou a ida da final da Libertadores do ano de 2006

Empolgado com os dois gols de Rafael Sobis na ida da final da Libertadores de 2006 no Morumbi, aproximando de vez o Inter do até então sonhado título inédito, o narrador Pedro Ernesto Denardin soltou a voz no microfone da Rádio Gaúcha para dizer, dentre outras coisas, que o clube gaúcho estava “pisando” e “rasgando” a camisa do São Paulo. A polêmica foi grande em cima desta locução, que foi lembrada com detalhes pelo comunicador em entrevista ao jornalista Duda Garbi, no YouTube.

Sincero, Denardin admitiu que esta foi a “maior confusão” que arrumou na carreira e que, entre o jogo do Morumbi e o do Beira-Rio, em um espaço de uma semana, deu incontáveis entrevistas para diferentes veículos de imprensa para tratar do caso:

“Fizemos uma janta com alguns diretores da RBS e eu sugeri botar um avião para colorados irem a São Paulo. Em Medellín, em 1995, com o Grêmio, a empresa fez o mesmo com gremistas. E a diretoria topou na hora. Isso foi criando um clima pro jogo. Aí estou narrando no Morumbi e o Sobis faz 1×0. Tá bem. Aí daqui a pouco o Sobis faz 2×0. E eu digo: “O Inter rasga a camisa do São Paulo e pisa em cima dela”. Foi a maior confusão que eu arrumei na minha vida. Naquela semana entre um jogo e outro, eu só não dei entrevista pra Globo. Mas dei pra Band, pro SporTV, pro SBT. Até pro Jornal do Comércio lá de Recife. Tu imagina isso? Virei mais importante que o Sobis, o Rogério Ceni e o Fernandão (risos)”, recordou.

O comunicador admitiu ter sentido um certo medo da repercussão e revelou que o então técnico são-paulino na época, Muricy Ramalho, usou a narração no vestiário para motivar os seus jogadores. E que na finalíssima, no Beira-Rio, o diretor paulista Marco Aurélio Cunha entrou na cabine da Rádio Gaúcha para tirar satisfações:

“Deu um certo medo. Mas, nestas entrevistas que dei, eu justifiquei que apenas estava exaltando o feito do Inter. O São Paulo era campeão do mundo, com o Morumbi lotado e tendo um p… time de futebol. E o Inter fazendo 2×0? Loucura. E aí o Muricy pegou a gravação da narração do gol e botou no vestiário: “Eu conheço esse aqui, é colorado”. Ele dizia. E botava pilha nos jogadores do São Paulo. Todos usaram aquilo. Eu até me incomodaria se o Inter tivesse perdido a Libertadores, porque aí poderiam usar como se eu tivesse dado força ao São Paulo”, disse Pedro, antes de finalizar:

“O Leandro, aquele atacante que “não veio” jogar no Grêmio, deu entrevista dizendo que “onde já se viu isso”, que o “São Paulo não sei o quê”, mas ele nunca foi são-paulino. E o baixinho aquele, que era diretor da Seleção, o Marco Aurélio Cunha, entrou na nossa cabine no Beira-Rio dizendo que “tu vai ver” e eu digo: “Mas vai a m…, Marco Aurélio, tu é diretor, tu ganha salário, amanhã ou depois tu vai pro Santos e vai jogar contra o São Paulo, não enche o saco”.

Relembre a narração de Pedro Ernesto Denardin em São Paulo 1×2 Inter:

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