No desabafo feito durante entrevista ao jornalista jornalista Jorge Nicola, no YouTube, na última terça-feira, o atacante Ferreira deixou claro que a sua grande insatisfação com a proposta de renovação feita pelo Grêmio não era pelo valor salarial, mas pela ausência de luvas e de percentual no próprio passe.
No contrato, ficaria mantido o percentual de 20% para a escolinha conveniada do Grêmio que lançou Ferreira e os outros 80% para o clube. Assim, o jogador não receberia nada em caso de venda. “Eu ficaria chupando o dedo”, reclamou.
“Ninguém fala que no ano passado eu renovei sem aumento salarial. Não tem jogador que hoje em dia renove sem aumento ou bônus, mas eu aceitei. Tinha gente na transição que ganharia mais que eu, que subi profissional. Nada contra eles, que também têm méritos. Em 2014, assinei meu primeiro contrato e ficou 20% pra escolinha de onde eu vim, que é conveniada ao Grêmio, e 80% pro clube. Se eles me vendem, eu ficaria chupando o dedo”, disse, antes de acrescentar.
“Ficou assim o contrato até janeiro. De um dia pro outro, chegaram em mim: “Ou você renova ou não vai ser inscrito na Libertadores”. Não tem como decidir assim em 24 horas. Me deixaram contra a parede e me afastaram”.
A proposta do Grêmio girava em torno de 30 mil reais com gatilhos de aumento ano a ano. Ferreira negou que teria pedido 100 mil. Ele mantém o clube na Justiça pedindo a rescisão.