Michel, campeão da Libertadores pelo Grêmio, diz ter tentado se matar após lesões: “Decidi tirar a vida”

Volante se destacou na temporada de 2017 e foi homem de confiança de Renato

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Campeão da Libertadores pelo Grêmio em 2017, o volante Michel tentou se matar por conta da série de lesões no joelho. Por problemas de cartilagem, o jogador de 33 anos chegou a passar por sete intervenções cirúrgicas para tentar resolver a questão. Ao Charla Podcast, admitiu que chegou ao limite de “se cortar” para tirar a vida como uma desistência diante de tantas dificuldades:

“Eu fui para o Vasco em 2020 por opção minha, emprestado pelo Grêmio. Já vinha com problema de cabeça de não conseguir jogar. Voltei a treinar bem no Grêmio e conversei com o Renato. Ele aceitou me liberar, disse que eu precisava jogar. Quis ficar perto da família no Rio. Achei que seria a melhor opção. Foi a mesma coisa. Sete jogos, muita dor, não aguentava mais jogar e fiz outra cirurgia. Rompi o contrato com o Vasco e fiquei em casa até pela pandemia. Veio problema no casamento, na família e a cabeça explodindo. Preciso contar para todo mundo que são momentos que existem na vida do jogador. Em 2020, eu decidi tirar a minha vida. Eu não conseguia mais jogar”, declarou.

Segundo Michel, muitos jogadores passam por isso e muitos outros ainda devem passar, já que, segundo ele, os atletas não estão preparados para a fama e para o dinheiro:

“Teve fatos de tentar se cortar, de querer se matar. Eu sei que é forte, mas é a realidade. Não fui o primeiro nem serei o último. Muitos jogadores passam por isso. E muitos outros vão passar. Quando o jogador chega no auge da carreira, ele não está preparado para a fama e para o dinheiro que ganha. Graças a Deus, eu dei a volta por cima”.

Ex-volante do Grêmio quer voltar a jogar

Hoje, o volante se diz recuperado fisicamente e conta que está se preparando de forma privada em Porto Alegre aguardando novos convites. O seu último clube foi o Operário, do Paraná, onde também não conseguiu jogar. Antes do Grêmio, ele se destacou no Atlético-GO:

“Meu último clube foi o Operário. Mesma coisa. Não consegui jogar, não queria ficar deitado em uma maca roubando o clube. Decidi sair. Escolhi morar em Porto Alegre e conheci um médico que fez um tratamento que o Rodrigo Dourado, que era do Inter, também fez. Hoje estou bem, consigo fazer todos os movimentos e a ideia é voltar a jogar”, encerrou.

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