Em participação no podcast Posse de Bola, do UOL, ao lado dos também jornalistas Juca Kfouri, Eduardo Tironi e Arnaldo Ribeiro, o comentarista dos canais ESPN, Mauro Cezar Pereira, analisou o momento do Grêmio e a avaliação feita pelo técnico Renato Portaluppi, em sua última coletiva, de que o seu time já está praticando o “melhor futebol” do Brasil.
No entendimento de Mauro, Renato “evoluiu” na estratégia montada para os jogos do Brasileirão em meio às copas e que o contato com o ex-flamenguista Jorge Jesus, em 2019, serviu de aprendizado:
“O Renato evoluiu. Ele está fazendo agora o que o Jorge Jesus fazia no ano passado. O Jesus que o Renato tanto falou mal, tanto falou que não ganhou nada. Renato está revezando jogadores de forma inteligente. A história que Jesus não poupava não é verdadeira. Ele fazia um rodízio mais razoável do elenco, sem nunca tirar 11, 16 da concentração, como lá em Porto Alegre se fala “time de transição”, um time de reservas, de garotos, que o Grêmio usava no Brasileiro e não faz mais”, disse, antes de acrescentar:
“Renato tirou jogadores do jogo da Libertadores, com classificação encaminhada. Segurou um Diego Souza, aí usou contra o Vasco e funcionou. Isso é evolução. Não estou dizendo que ele aprendeu com Jesus, porque isso não foi o Jesus que inventou. Na Europa acontece pra caramba. Mudou a estratégia dele, mas não vai falar isso. Mas que aprendeu, depois de ter sofrido contra um time que jogava assim, eu acho que está na cara. O contato dele, embora não tenha sido inventado por Jesus, foi quando ele perdeu pro português”.
Mas Mauro, no entanto, acredita que o nível atual do futebol brasileiro caiu e que Renato ainda não fez o Grêmio atingir o nível do Flamengo de Jorge Jesus em 2019, fazendo menção aos 5×0 na semifinal da Libertadores no Maracanã entre as duas equipes:
“Ele volta a praticar um futebol que pode ser apontado como o melhor do Brasil porque o nível caiu. Porque ele não conseguiu chegar no nível de quem o surrou no ano passado. Muito fácil surfar nessa onda agora quando cai o nível técnico. O trabalho é legal, está reconstruindo o time, mas cometeu erros apostando nos “Thiagos Neves” da vida. O Renato não é o Rei Midas, que tocou e vira ouro. Vamos com calma. Mas merece elogios, porque entendia que poupar jogadores era tirar todo mundo de campo. E não faz mais isso”.
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