Exatos 10 anos depois de ter marcado Ronaldinho e ajudado o Inter a vencer o Mundial da Fifa sobre o Barcelona, Ceará também fez parte do elenco que vivenciou o trágico – e inédito – rebaixamento da história colorada. Com uma campanha abaixo da crítica, os vermelhos ficaram entre os quatro piores do Brasileirão de 2016.
Na época, circulou um boato de que lideranças daquele grupo como ele, Paulão e Alex teriam pedido um “bicho extra”, isto é, mais dinheiro para tentar tirar o time da Série B. Ele negou veementemente o caso em nova entrevista concedida à Rádio Bandeirantes:
“Concentrei só no último jogo, contra o Fluminense. Não houve pedido de bicho de minha parte em momento algum”, disse, para depois aumentar:
“Cheguei num momento que a equipe descia a ladeira. Não consegui contribuir como gostaria, seja no bastidor ou em campo. Nos últimos três jogos fiquei fora por lesão. naquele contexto conturbado. Foi um ano conturbado em campo, nos bastidores, na administração. Uma frustração geral. A torcida teve razão em protestar em vários momentos. Cheguei como ‘bombeiro’ e não consegui. Carrego a glória do Mundial e o fracasso do rebaixamento”.
Depois de deixar o Inter durante a Série B de 2017, Ceará ainda teve uma curta passagem pelo América-MG.
Alex, assim como Ceará, também negou a situação
Ao canal Vozes do Gigante, do YouTube, em entrevista no mês de abril, o ex-meia também negou veementemente a tese e disse que chegou a tirar dinheiro do bolso para ajudar naquela temporada.
“Essa bobagem de bicho atrapalhou o final da minha carreira no Inter. Fui mandado embora em 2017 por informações inverídicas. Fecharam portas pra mim. Fiquei 3 anos em depressão. É um ressentimento que eu tenho gigante que afetou minha vida pessoal”, disse Alex, antes de concluir:
“Isso é uma bobagem. E muito triste. Me colocou como se eu fosse um bandido. Eu nunca faria isso. Tirei dinheiro do meu bolso pra comprar coisa, pra montar hidromassagem, pra ter material no vestiário. Eu passei boa parte daquele ano sem falar em dinheiro. Nunca teve essa negociação. A gente estava em uma situação desagradável. Nem tinha força para brigar pelo dinheiro”.