Em recente passagem pelo Rio Grande do Sul para eventos com o Futebol 7 do Grêmio, que foi recentemente campeão da Copa Gramado, o ex-volante Maicon visitou o clube, os antigos amigos e ainda teve a oportunidade de bater um papo com Pepê, que tem sido apontado – inclusive pelo técnico Renato Portaluppi – como um jogador com características bem parecidas com as do antigo camisa 8.
Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, Maicon rasgou elogios a Pepê, apostou muito em seu futuro e revelou o que disse a ele:
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“Eu gosto pra caramba do jeito dele de jogar e quando jogava contra sempre falava que ele jogava muito. A gente conversou uns 30 minutos e eu falei: ‘Aproveita, você está jogando em um dos maiores do Brasil e você tem tudo para ter mais sucesso que eu aqui’. Falei até que ele provavelmente é mais atleta do que eu fui. Eu tive problema de peso, de balança, estava sempre no limite. Eu gosto de tomar minha cerveja, o Pepê é evangélico, mais novo, chegou no Grêmio mais novo e com o Grêmio se reestruturando”, contou Maicon, concordando com as semelhanças:
“É parecido mesmo. Na base ele jogava de 10 e eu também. Agora ele virou volante. Pra gente é melhor, porque tem visão de jogo melhor. E ele está mostrando dentro de campo. Mas a gente sabe que o que marca o jogador é conquistar título”.
Maicon e a polêmica saída do Grêmio
Multicampeão pelo Grêmio na passagem iniciada em 2015, Maicon teve uma turbulenta saída na reta final de 2021 ao entrar em atrito com a direção, em especial com o vice de futebol da época, Marcos Herrmann. Segundo o ex-volante, os dirigentes não estavam fazendo as funções e deixavam os jogadores, principalmente os mais experientes, expostos a cada derrota:
“Quando eu sou expulso contra o Corinthians, foi com o árbitro que a gente viu o retrospecto e em 30 jogos com ele o Grêmio tinha ganho 4, algo assim. Não estou dizendo que ele roubava, mas tem que tirar, botar outro. Isso é papel da direção pressionar, ajudar. Quando eu chego no vestiário, eu falo tudo isso para eles (dirigentes). Que mais uma vez um jogador tinha que ir lá, reclamar, pressionar, fazer o papel que era deles. Peguei minhas coisas e saí”, declarou Maicon, para depois terminar:
“O Felipão tinha dado quatro dias de folga, porque a gente não jogava no outro final de semana. Fui pro Rio de Janeiro esfriar a cabeça. Nisso o Machado, empresário, me liga. Ali eu já imaginei que algum dirigente tinha ido nele. Tiveram medo de vir falar comigo. E respeito. Aí foram no empresário. Faltava três meses para terminar o contrato, mas assinei a rescisão e na coletiva eu aliviei muito por causa de jogadores que eu respeitava ali dentro. A direção pediu para o Machado para que ele mandasse eu aliviar e não falasse muito”.
“Fiquei tranquilo porque dei tudo por esse clube durante 7 anos, enquanto uns dirigentes ali que ninguém conhece, qe não sabem porcaria nenhuma, estavam ali de passagem”, finalizou o ex-volante.
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