Anunciado oficialmente como novo Gerente Esportivo do Inter, o ex-volante Magrão concedeu coletiva de imprensa na tarde deste sábado no Beira-Rio e explicou com mais detalhes a função que irá exercer. Em suas palavras, ele será um “interlocutor” entre o técnico Mano Menezes, o vestiário e a direção. Campeão pelo clube entre 2007 e 2009, Magrão deixou claro que não gosta de perder Gre-Nal e explicou como vai agir com os jogadores.
Nos últimos anos, ele vinha trabalhando na gestão do Seattle Sounders e depois do Inter Miami, ambos dos Estados Unidos. Como empresário, Magrão atuou do final da carreira até meados de 2018 e 2019, quando passou a se dedicar ao trabalho nos clubes da Major League Soccer.
Realização de voltar ao Inter
“Estou muito feliz, realizado de voltar ao Inter. Voltar ao Rio Grande do Sul, de onde nunca saí. Estou há dois anos fora, mantenho minha casa em Torres e todo ano estou aqui. Voltar ao Inter é motivo de muito orgulho. A partir de agora, minha família será o grupo do Inter. Conviverei mais com eles do que com a minha própria família”
A sua função no clube
“Ser o interlocutor entre o Mano, o vestiário e a diretoria. É um membro da diretoria em contato diário com a parte de campo. Eu conversei muito com o presidente sobre isso. Essa função de interlocutor de campo e vestiário deixa um pouco daquilo que eu trabalhei nos últimos dois, três anos, que foi no Inter Miami, dos Estados Unidos. A primeira vez que o presidente Barcellos me ligou foi em outubro do ano passado, depois em janeiro. Eu não tinha como largar o projeto nos EUA. Depois me ligou em maio. Perdeu o Gre-Nal, dei uma balançada (risos), não gosto de perder Gre-Nal”
Como tratar os jogadores
“Olho no olho, confiança. Se o jogador confiar em você, ele fala. Se não confia, ele não fala. Todos ganham, perdem e empatam juntos. Assim que entendo futebol. O torcedor aqui no Sul é muito sanguíneo. Em poucos lugares do Brasil se valoriza ídolo como aqui. Eu joguei em vários clubes e aqui me tornei ídolo. O gaúcho na essência valoriza o ídolo e quem fez algo importante aqui”
Categorias de base
“Acredito que a base é alicerce do clube. Opinião minha. Dá recurso para criar grande jogador, vender e manter estrutura do clube ou para trazer outros grandes jogadores. Base é muito importante. Precisa estar em momento bom para colocar o jovem. História do Inter na base é muito forte. Sempre revelamos jogadores, colocamos jogadores na Seleção e Europa. Criou grandes ídolos aqui dentro. Vem lá de trás: Falcão, Nilmar, Sobis, Taison”
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