Jornalista diz que fase do Inter é de “manter-se fiel à convicção” com Ramírez, e Dunga reage: “Li isso ou bebi muito?”

Ex-treinador colorado e da Seleção se mostra como voz crítica ao trabalho do espanhol

Apesar da dura queda imposta pelo Fortaleza, que aplicou 5×1 neste domingo no Inter dentro da Arena Castelão, pela segunda rodada do Brasileirão, o jornalista Leonardo Oliveira, da Rádio Gaúcha, entende que o momento da direção colorada é de “manter-se fiel à convicção que não tem prazo de três meses, mas de três anos”, conforme escreveu em sua coluna no site GZH.

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Embora tenha pontuado críticas ao desempenho e também às escolhas de Ramírez, Oliveira não indicou no texto que é favorável à saída do técnico espanhol neste momento.

Ramírez mudou o time em sete posições com relação ao jogo de quinta-feira. É o preço de um calendário excruciante. Impossível repetir a formação com intervalo de 66 horas. O que não justifica, é verdade, chutar a gol apenas aos 13 minutos do segundo tempo (…). O quinteto de agora tem recados que a direção, pelo que tenho informações, já entendeu. Sabe que precisa entregar reforços, mas eles só virão quando entrar o dinheiro de alguma venda. Ela sabe que precisa mexer em algumas peças do grupo e do time e, mais do que isso, criar novas lideranças. O momento é delicado. O torcedor está machucado, nem poderia ser diferente. Mas o momento é também de manter-se fiel à convicção e ao projeto que não tem prazo de três meses, mas de três anos. Ramírez está dentro dele, apesar do 5 a 1 e do começo titubeante“, diz trecho do texto do comentarista.

Mas esta opinião foi frontalmente rebatida pelo ex-técnico colorado e da Seleção, Dunga, que ironizou o jornalista através do Instagram:

“Será que li isso mesmo ou estou bebendo muito? Baita matéria, jornalista”, cutucou.

Veja o post:

Dunga tem áudio vazado contra Ramírez

Sem trabalhar como treinador desde a saída da Seleção em 2016, Dunga também virou notícia neste domingo ao ter um áudio vazado contendo severas críticas à postura e ao trabalho de Ramírez no Inter.

Estas foram as suas palavras:

“Só pra vocês pensarem. Ele como professor, revolucionário, ele tinha primeiro que ter a educação de respeitar o país que abriu as portas pra ele trabalhar. Ele é tão bom que não trabalha no país dele, foi trabalhar fora. Os principais times do país dele têm treinadores estrangeiros, isso que eles vão “revolucionar”, que “eles sabem tudo”. Ele tem cem jogos na primeira divisão como treinador. Ele quer ensinar o Brasil. Aí, desrespeitou os treinadores do Inter que “jogavam por uma bola, que tinham sorte”. Não, o Inter tem o treinador que foi campeão invicto em 79, o treinador que foi campeão mundial, que é o Abel, o Abelão, ganhou do Barcelona, que é a maior estrela. Ele está na cidade onde tem dois campeões mundiais. Dois campeões mundiais que ganharam de time da Alemanha,  que ganharam do Barcelona, que é do país dele, né? Mas independente da qualidade dele, se ele é bom, se ele é ruim, ele como professor tinha que respeitar a história e o país que abriu as portas pra ele. E vem dizer que é tudo errado. Então, ele diz pra nós “o campeonato tem muitos jogos”. Ah, é só pra ele, pros outros não, né. Mas vamos agora um pouquinho mais forte. Com Abel, o Edenilson jogou muito. Com Abel, o Yuri foi goleador. Com Abel, o Patrick jogava muito. Com Abel, Cuesta jogava muito, era o melhor zagueiro do Brasil. Ah, Yuri era o artilheiro. Agora, todos esses jogadores não estão jogando. Não adianta tu falar em Ferrari se tu não sabe dirigir a Ferrari”, colocou.

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