A ainda recente demissão de Magrão do cargo de diretor esportivo do Inter foi repercutida na zona mista do Beira-Rio na última quarta-feira, logo depois da vitória de 2×1 sobre o Juventude, pelo Brasileirão. Autor do primeiro gol colorado neste confronto, o volante Thiago Maia citou o ex-dirigente como “grande amigo” e disse que esse tipo de mudança pertence ao futebol:
“Sobre a demissão do Magrão, eu estava no exame antidoping depois do jogo contra o Athletico. Fui saber da notícia apenas no outro dia de manhã. Mas o futebol é assim, infelizmente. Eu não sei quantos anos vou ficar aqui, mas vou passar e virão outros jogadores. Futebol tem dessas. É um grande amigo que eu tive fora de campo e desejo todo sucesso para ele”, comentou Maia.
Magrão, que foi volante de sucesso no Inter entre 2007 e 2009, estava trabalhando no departamento de futebol do clube desde o ano passado. Recentemente, um dossiê montado pelo jornalista Thiago Suman apontou envolvimento do dirigente em suposto “favorecimento” para a chegada do centroavante Lucca Drummond ao Beira-Rio – Magrão rebateu e negou com veemência qualquer ato ilegal.
“Queria comunicar a todos o desligamento de Magrão. Entendemos que, desde a chegada dele, cumpriu sua função. Nova pra nós e pra ele também. Infelizmente nesse período de gestão os resultados foram satisfatórios. Magrão tem sido impactado nas últimas semana tratando da sua vida profissional. E, até mesmo relato por ele, ataques a sua família. Infelizmente, afetou o foco de um profissional importante do clube. Ele vai responder tudo do que está sendo acusado, sem atrapalhar o dia a dia do clube. Entendemos que era o momento de encerrar o ciclo”, declarou o presidente Alessandro Barcellos, depois de Inter 2×2 Athletico no domingo passado.
Inter quer outro profissional no cargo
Por consequência, a direção do Inter já trabalha no mercado em busca de um novo diretor de futebol para dar suporte ao treinador e auxiliar nas demandas vinculadas ao departamento. O próprio técnico Roger Machado, em sua última coletiva, disse esperar esta contratação:
“Esses movimentos, infelizmente, precisam ser feitos em alguns momentos. A pressão externa ao trabalho é grande. Por vezes, o presidente precisa fazer movimentos até para proteger o trabalho que está iniciando. Claro que eu tenho certeza que essa posição vai ser resposta”, disse Roger.
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